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Internacional
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 07:56

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Ontem, autoridades de saúde animal da Holanda concluíram o sacrifício sanitário de 25 mil galinhas em criação numa granja infectada por uma cepa H7 do vírus da Influenza Aviária, descrito como de baixa patogenicidade. Ao mesmo tempo foram colocadas sob quarentena temporária cerca de 130 granjas na tentativa de impedir que, novamente, seja afetada uma avicultura colocada entre as principais exportadoras do mundo.(fonte: Avisite) Detectado na terça-feira em uma granja de Gelderse Vallei, na região central do país, o vírus da Influenza Aviária trouxe imediatamente à memória o surto de H7N7 que em 2003 atingiu grande parte da avicultura local e que, além de estender-se à Bélgica e à Alemanha, obrigou a Holanda a sacrificar praticamente um terço de seu plantel (cerca de 30 milhões de aves) para controlar a disseminação do vírus e conseguir erradica-lo.

“Concluímos o sacrifício sanitário das (cerca de) 25 mil aves ontem à noite”, anunciou um porta-voz do Ministério da Agricultura da Holanda, acrescentando que o passo seguinte é a coleta de amostras em todas as granjas localizadas ao redor da zona infectada. Os primeiros resultados são aguardados para esta sexta-feira. Como recomenda a OIE, foi estabelecida uma zona de segurança com raio de três quilômetros ao redor da granja infectada. Com isso, as 130 propriedades avícolas localizadas nessa zona estão obrigadas a manter suas aves confinadas, estando proibido o comércio e o transporte de aves vivas, carnes avícolas e ovos, bem como de outros animais vivos em toda a zona de segurança. Foi proibida, também, a presença de aves vivas em feiras e exposições agropecuárias em todo o país. Justificando os procedimentos adotados, a defesa sanitária animal da Holanda observou que medidas rigorosas são necessárias, pois, mesmo apresentando menor patogenicidade que a cepa de 2003, o vírus H7 isolado pode sofrer mutação e adquirir elevado grau de patogenicidade. No momento, médicos veterinários e pesquisadores holandeses realizam novos testes para determinar exatamente o tipo de vírus H7 isolado, informou o Ministério.

Em seus comunicados, o Ministério da Agricultura da Holanda tem procurado deixar claro que a cepa H7 da Influenza Aviária, ainda que sob forma altamente patogênica, pode matar grande números de aves e, ocasionalmente, infectar pessoas, mas raramente ocasiona casos humanos fatais. Para comprovar, o Ministério lembra que no surto de 2003 foram infectadas no país cerca de 90 pessoas, inclusive um médico veterinário que morreu. Aparentemente, porque manipulou aves infectadas sem os necessários cuidados de biosseguridade.Manifestando-se sobre a ocorrência, Jan Wolleswinkel, presidente da entidade máxima da indústria avícola holandesa disse estar preocupado com a ocorrência, mas ao mesmo tempo satisfeito com as medidas adotadas pelas autoridades de saúde animal. E afirmou não acreditar que ocorrerão embargos às exportações avícolas holandesas “porque não está havendo um surto, apenas um caso isolado de Influenza Aviária de baixa patogenicidade”.

A conferir, porque o surto de 2003, também considerado inicialmente de baixa patogenicidade, afetou duramente a indústria avícola holandesa, ocasionando perdas estimadas em mais de 500 milhões de euros. Hoje, os técnicos locais acreditam que aquele surto foi ocasionado por uma cepa diferente de H7, trazida por aves selvagens que infectaram criações ao ar livre existentes na região central do país. Dali, o vírus se disseminou para a Bélgica e a Alemanha, onde ocasionou bem menos estragos e foi rapidamente colocado sob controle. Na Holanda, onde a primeira detecção ocorreu em 28 de fevereiro de 2003, o caso só foi considerado encerrado em 22 de agosto, quase seis meses depois.





Fonte: Avisite

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