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Nacional
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 07:52

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Se depender do entusiasmo e do número de pequenos produtores rurais do Sertão Central, que participaram da primeira etapa do programa “Dia Especial do Algodão” que incentiva a cultivo algodoeiro de sequeiro, em breve, a paisagem sertaneja da região estará novamente repleta de plumas herbáceas. A avaliação foi feita pela gerência regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) no encerramento do primeiro ciclo do projeto, em Quixeramobim.(fonte: Diário do Nordeste) Pelos cálculos da Ematerce, mais de 500 agricultores participaram dos encontros realizados na semana passada em Senador Pompeu, Milhã, Quixadá e Quixeramobim. A quantidade de participantes surpreendeu até mesmo os pessimistas e desconfiados. Embora alguns agricultores prefiram aguardar os resultados das primeiras colheitas, a grade maioria já pretende iniciar o cultivo. Acreditam nas novas técnicas e vantagens de mercado.

Do ponto de vista do gerente regional da Empresa assistencial, engenheiro agrônomo Araújo Martins, nos campos onde foi desenvolvido o projeto piloto — Comunidade de Bonito, em Senador Pompeu; localidade de Pedra Fina, em Milhã; Fazenda Recife em Quixadá e Assentamento Alegre, em Quixeramobim — a colheita superou as expectativas. “Os produtores colheram em média 2,4 mil/kg por hectare. Antes, não conseguiam mais que 800 quilos. O preço da arroba já passou de R$ 12 para R$ 14 nas usinas locais”. O especialista ressaltou que os custos no combate as pragas nos campos experimentais demonstrou redução em mais de 50%. O segredo está na mistura do inseticida com óleo vegetal, comestível. Mas para utilizar o produto é necessário utilizar um equipamento especial, o “eletrodim”.Francisco Batista Alves Neto tem 48 anos. Nasceu e se criou na roça. A mulher e os filhos também. Aceitou a proposta da Ematerce e plantou 1,5 hectares de algodão camaçari em sua propriedade, a Fazenda Recife. No fim de março, iniciou a colheita. Disse que já estava preparado para aborrecimento mas ficou surpreso com o que aprendeu e colheu. “Ainda tem algodoeiro brotando no roçado”.





Fonte: Diário do Nordeste

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