Expansão da cana pode pôr em risco eficiência do setor
A estimativa para a safra que está em andamento poderá merecer revisão. É que a seca nas regiões produtoras poderá afetar a produtividade das lavouras. Para Carvalho, dificilmente a produção de cana irá alcançar as 380 milhões de toneladas previstas inicialmente. Segundo acredita, a estiagem deverá reduzir a colheita em 15 milhões de toneladas, para 365 milhões. O consultor acredita que a seca deverá afetar também a próxima safra. Preços equilibrados A alta dos preços do álcool nas usinas nas últimas semanas não deverá se manter, nem ser interpretada como uma indicação de crise de abastecimento durante a entressafra de cana, acredita o consultor da Canaplan. Para ele, o mercado deverá começar a se estabilizar nas próximas semanas, com a queda das cotações do açúcar no mercado internacional e a redução das compras de álcool pelas distribuidoras de combustíveis dos EUA, a oferta de etanol no mercado interno deverá retornar aos níveis originais.
Recuperação Mendonça vislumbra tempos mais amenos para a agricultura. Na sua opinião, a dificuldade com permanece no que diz respeito ao acesso ao crédito e a reestruturação das dívidas agrícolas, mas há indicação de os preços de algumas commodities começam a se recuperar. "Teremos um ano difícil, mas um pouco melhor que o atual". Para Mendonça, as cotações do algodão tendem a subir e as da soja devem refletir a demanda mundial pelo grão para a produção de biodiesel. Isso deve contribuir para uma melhor rentabilidade do setor. O consultor não acredita, porém, em desvalorização do real a curto, nem médio prazo. Acha que as medidas "vendidas" pelo governo como destinadas a melhorar a situação cambial, são neutras para esse objetivo.
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