Incapacidade será analisada com rigor, afirma Alcântara

O diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Derci Alcântara, reforça que o agente financeiro está disposto a fechar o reescalonamento de até 100% das parcelas vencidas desde que comprovada com rigor a incapacidade de oferta de novas garantias. Mas o representante questionou o discurso em coro de sojicultores de que a rolagem de até 80% determinada no pacote do governo federal ainda é pouco perante a crise. "Mesmo que haja ferrugem ou problemas climáticos é impossível que a produtividade tenha caído tanto que não garanta pelo menos 20% ou 30% da produção".

Ele explica que nesses casos "extremos" o banco poderá flexibilizar o padrão de garantias do sistema 1 por 2 para 1 por 1. O procedimento padrão determina que a cada volume em empréstimos o produtor deve dispor do valor em dobro em garantias. Com o novo posicionamento essa exigência passará para o mesmo valor. Mas o superintendente de Varejo do BB em Mato Grosso e Rondônia, Renato Barbosa, frisa que a análise continuará sendo feita sobre cada caso e que a flexibilização não será generalizada, conforme defendem algumas lideranças rurais.

A assessora jurídica da Famato, Elizete Araújo, ressalta que caberá ao novo conselho analisar os pedidos de prorrogação. "Para que não haja nenhum embate entre o produtor e a agência local do banco esses casos serão levados ao conselho, que se reunirá ao lado do superintendente para arbitrar essas questões".(JS)