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Aumentam inscrições do ENEM em Mato Grosso
Mato Grosso registra novo recorde nas inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujo resultado pode ser usado como estepe nos vestibulares. Dados ainda extra-oficiais indicam 21 mil inscritos só em Cuiabá. Ano passado foram 27 mil em todo o Estado.
A informação foi repassada ontem pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UnB) ao interlocutor do Enem na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o pedagogo João Márcio de Oliveira. As inscrições encerraram no dia 2 de junho e a prova está marcada para o próximo dia 27. Até o próximo dia 11, os inscritos vão receber o cartão de inscrição em casa. Caso contrário, devem se informar no site www.inep.gov.br.
No último exame, estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Benedito de Carvalho, no CPA II, em Cuiabá, teve o pior desempenho do país. Nem por isso houve qualquer preparação especial para o teste deste ano.
O desempregado Antônio Leonildo Cruz, 39 anos, se inscreveu. Está estudando em casa, por conta própria, aproveitando o tempo ocioso pela falta de emprego. Além de Antônio, só sete alunos da escola fizeram a inscrição no Enem. Na turma noturna, são 60 matriculados, mas apenas 25 têm ido às aulas. Fazem parte do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), voltado para alunos que, em idade linear, não tiveram a chance de frequentar escola.
“Justamente por isso já têm baixa estima e não precisavam de mais essa discriminação do Enem”, reclamou o coordenador pedagógico da escola, que, este ano, não os incentivou a participar do teste. À escola Benedito de Carvalho, conforme o coordenador pedagógico, não chega qualquer recurso para investimento nos alunos do EJA.
Todos os 15 alunos da Benedito de Carvalho que fizeram o Enem no ano passado passaram de ano, apesar do desempenho crítico no exame. Um deles, conforme apurou a reportagem, passou inclusive no vestibular de Enfermagem e ganhou bolsa de 50% em uma faculdade particular de renome na Capital usando o resultado do Enem. É o que Antônio pretende fazer para conquistar uma vaga em Ciências da Computação. Em qual instituição, ainda não sabe.
O vexatório resultado no Enem levou a Seduc a fazer duas visitas na unidade, saindo de lá com reivindicações que não resultaram em ações efetivas, exceto a reforma de salas e banheiros. Internet, não tem. “Mandaram instalar tomadas para computadores, mas até agora nada”, lamenta o coordenador. Também não tem uma biblioteca decente. Poucos livros, alguns já mofando, foram doados por editoras e colaboradores da sociedade. Os didáticos, que são maioria, vieram do Ministério da Educação (MEC). A merenda servida à noite é a sobra do que os alunos do Ensino Fundamental deixam de manhã e à tarde, conforme o coordenador. Para melhor o desempenho estadual no Enem, a seduc, através da assessoria de imprensa, informa apenas que promoveu formação continuada a professores que lecionam para o Ensino Médio.
A informação foi repassada ontem pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UnB) ao interlocutor do Enem na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o pedagogo João Márcio de Oliveira. As inscrições encerraram no dia 2 de junho e a prova está marcada para o próximo dia 27. Até o próximo dia 11, os inscritos vão receber o cartão de inscrição em casa. Caso contrário, devem se informar no site www.inep.gov.br.
No último exame, estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Benedito de Carvalho, no CPA II, em Cuiabá, teve o pior desempenho do país. Nem por isso houve qualquer preparação especial para o teste deste ano.
O desempregado Antônio Leonildo Cruz, 39 anos, se inscreveu. Está estudando em casa, por conta própria, aproveitando o tempo ocioso pela falta de emprego. Além de Antônio, só sete alunos da escola fizeram a inscrição no Enem. Na turma noturna, são 60 matriculados, mas apenas 25 têm ido às aulas. Fazem parte do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), voltado para alunos que, em idade linear, não tiveram a chance de frequentar escola.
“Justamente por isso já têm baixa estima e não precisavam de mais essa discriminação do Enem”, reclamou o coordenador pedagógico da escola, que, este ano, não os incentivou a participar do teste. À escola Benedito de Carvalho, conforme o coordenador pedagógico, não chega qualquer recurso para investimento nos alunos do EJA.
Todos os 15 alunos da Benedito de Carvalho que fizeram o Enem no ano passado passaram de ano, apesar do desempenho crítico no exame. Um deles, conforme apurou a reportagem, passou inclusive no vestibular de Enfermagem e ganhou bolsa de 50% em uma faculdade particular de renome na Capital usando o resultado do Enem. É o que Antônio pretende fazer para conquistar uma vaga em Ciências da Computação. Em qual instituição, ainda não sabe.
O vexatório resultado no Enem levou a Seduc a fazer duas visitas na unidade, saindo de lá com reivindicações que não resultaram em ações efetivas, exceto a reforma de salas e banheiros. Internet, não tem. “Mandaram instalar tomadas para computadores, mas até agora nada”, lamenta o coordenador. Também não tem uma biblioteca decente. Poucos livros, alguns já mofando, foram doados por editoras e colaboradores da sociedade. Os didáticos, que são maioria, vieram do Ministério da Educação (MEC). A merenda servida à noite é a sobra do que os alunos do Ensino Fundamental deixam de manhã e à tarde, conforme o coordenador. Para melhor o desempenho estadual no Enem, a seduc, através da assessoria de imprensa, informa apenas que promoveu formação continuada a professores que lecionam para o Ensino Médio.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/285501/visualizar/
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