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Venda de pena da Lei Áurea motiva disputa familiar
A venda de uma das mais valiosas jóias da história do Brasil vem sendo alvo de uma briga pela partilha de bens entre nobres da família imperial de Petrópolis.
A pena de ouro utilizada pela Princesa Isabel para assinar a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no País, foi incorporada ao acervo do Museu Imperial por R$ 500 mil. A peça, guardada a sete chaves por mais de 100 anos, foi negociada pelo príncipe Pedro Carlos de Orleans e Bragança, bisneto da princesa.
Pessoas ligadas à família imperial afirmam que uma das irmãs, a princesa Cristina Maria de Bourbon Orleans e Bragança, ameaça entrar na Justiça para receber parte do dinheiro. Procurado, o príncipe Pedro Carlos não quis comentar a decisão da irmã e nem o que pretende fazer com o dinheiro, mas afirmou que a decisão de se desfazer da herança tem o consenso da família.
"Certas insígnias que têm importância histórica devem ser passadas ao domínio público. Melhor ser exposta num museu do que ficar trancada num cofre".
A pena é de ouro 18 quilates, tem 27 diamantes e 28 pedras vermelhas, mede 22 centímetros e pesa 13 gramas. A peça foi comprada com recursos do Ministério da Cultura e está guardada no cofre do museu. Segundo a diretora do museu, Maria de Lourdes Parreiras Horta, a peça será exposta em setembro, como parte das comemorações dos 160 anos do nascimento da Princesa Isabel.
"É uma peça muito importante pelo valor simbólico. A pena era a primeira da lista, mas temos interesse em adquirir o Palácio Grão-Pará".
Os herdeiros já tentaram vender a residência oficial por US$ 12 milhões, mas segundo pessoas ligadas à família, a princesa Thereza não autorizou. Seu irmão Dom Pedro Gastão, 93 anos, vive em Sevilha, alheio à disputa dos filhos.
Brigas costumam ser rotina Não é a primeira vez que os nobres herdeiros disputam o espólio da Família Imperial. Em 2002, a princesa Cristina Bourbon de Orleans e Bragança surgiu no noticiário depois que seu sobrinho Pedro Thiago de Orleans e Bragança, tataraneto de dom Pedro II, foi acusado de ter vendido em São Paulo porcelanas do século XIX que pertenceram à rainha Amélia de Portugal e haviam desaparecido do Palácio Grão-Pará, residência oficial da Família Imperial em Petrópolis.
O caso ainda tramita na Justiça e criou um mal-estar entre a princesa e o irmão, o príncipe Pedro Carlos. Sessenta e oito peças do aparelho de jantar (ao todo são 320) foram recuperadas em São Paulo. Foram vendidas na época por US$ 17 mil (R$ 37 mil).
Em 1996, a princesa Cristina deu queixa na 105ª DP (Petrópolis) contra o companheiro José Calmon de Brito Júnior em uma ruidosa separação. A princesa alegou que Calmon ameaçou de morte as duas filhas dela, além de escrever ofensas à Família Imperial em um quadro retratando D. Pedro II.
A pena de ouro utilizada pela Princesa Isabel para assinar a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no País, foi incorporada ao acervo do Museu Imperial por R$ 500 mil. A peça, guardada a sete chaves por mais de 100 anos, foi negociada pelo príncipe Pedro Carlos de Orleans e Bragança, bisneto da princesa.
Pessoas ligadas à família imperial afirmam que uma das irmãs, a princesa Cristina Maria de Bourbon Orleans e Bragança, ameaça entrar na Justiça para receber parte do dinheiro. Procurado, o príncipe Pedro Carlos não quis comentar a decisão da irmã e nem o que pretende fazer com o dinheiro, mas afirmou que a decisão de se desfazer da herança tem o consenso da família.
"Certas insígnias que têm importância histórica devem ser passadas ao domínio público. Melhor ser exposta num museu do que ficar trancada num cofre".
A pena é de ouro 18 quilates, tem 27 diamantes e 28 pedras vermelhas, mede 22 centímetros e pesa 13 gramas. A peça foi comprada com recursos do Ministério da Cultura e está guardada no cofre do museu. Segundo a diretora do museu, Maria de Lourdes Parreiras Horta, a peça será exposta em setembro, como parte das comemorações dos 160 anos do nascimento da Princesa Isabel.
"É uma peça muito importante pelo valor simbólico. A pena era a primeira da lista, mas temos interesse em adquirir o Palácio Grão-Pará".
Os herdeiros já tentaram vender a residência oficial por US$ 12 milhões, mas segundo pessoas ligadas à família, a princesa Thereza não autorizou. Seu irmão Dom Pedro Gastão, 93 anos, vive em Sevilha, alheio à disputa dos filhos.
Brigas costumam ser rotina Não é a primeira vez que os nobres herdeiros disputam o espólio da Família Imperial. Em 2002, a princesa Cristina Bourbon de Orleans e Bragança surgiu no noticiário depois que seu sobrinho Pedro Thiago de Orleans e Bragança, tataraneto de dom Pedro II, foi acusado de ter vendido em São Paulo porcelanas do século XIX que pertenceram à rainha Amélia de Portugal e haviam desaparecido do Palácio Grão-Pará, residência oficial da Família Imperial em Petrópolis.
O caso ainda tramita na Justiça e criou um mal-estar entre a princesa e o irmão, o príncipe Pedro Carlos. Sessenta e oito peças do aparelho de jantar (ao todo são 320) foram recuperadas em São Paulo. Foram vendidas na época por US$ 17 mil (R$ 37 mil).
Em 1996, a princesa Cristina deu queixa na 105ª DP (Petrópolis) contra o companheiro José Calmon de Brito Júnior em uma ruidosa separação. A princesa alegou que Calmon ameaçou de morte as duas filhas dela, além de escrever ofensas à Família Imperial em um quadro retratando D. Pedro II.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/285513/visualizar/
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