LRF engessa crescimento econômico de Mato Grosso, diz Porto.
De acordo com Bento, nos últimos anos o país parou de investir por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, uma criação tucana que amarra o crescimento. "Travamos o desenvolvimento do país sem investimento. As estradas não funcionam, os órgãos públicos não funcionam, até o Exército está 'sucateado'", afirma.
Porto analisa que a LRF é muito boa no papel apenas para os bancos. Um exemplo é o banco do Brasil que teve 2,9 bilhões de lucro líquido neste primeiro semestre. "Agora o que adianta essa lei se Mato Grosso, que arrecada R$ 6 bilhões, não tem capacidade de emprestar um real?", indaga. Ele ainda aponta que o atual governo nunca fez uma operação de crédito. "Então só há investimento se entrar dinheiro no caixa. Que se acabem as estradas, que as instituições sejam sucateadas, que o povo morra na porta dos hospitais porque não há recursos para investir em projetos concretos", provoca.
Bento Porto explica que não é necessariamente contra a LRF. O que ele não concorda é com um estado como Mato Grosso que tem potencial de investir em projetos concretos, de retorno real, seja impedido de usar linha de crédito. "Capacidade de pagamento é invenção. O Sarney entrou com o congelamento de preços. O Collor tomou a poupança do povo. Veio FHC e indexou a URV e criando real. Cada um com uma mentira econômica, que resultou na incompetência que vivemos hoje", assegura.
Mesmo Mato Grosso com um crescimento econômico bem acima da média nacional, Porto afirma que os benefícios não atingem a população como um todo. "Há uma concentração de renda para uma minoria, uma elite de grupo que é privilegiada, enquanto os problemas da grande maioria ainda persistem ante um desenvolvimento mascarado", declara.
Entre esses principais problemas está o desemprego e a infra-estrutura urbana precária, levando em conta também que 82% da população mato-grossense se encontra nas cidades. "As nossas cidades estão abandonadas, tanto na periferia quanto no centro de Cuiabá. A situação é crítica e o desemprego é terrível. A cada uma, duas casas que você entra existe um pai, uma mãe, ou um filho desempregado".
Para reverter essa situação, Bento garante um choque de desenvolvimento, no sentido de aumentar a produção no estado, continuando com o crescimento bem acima da média nacional, mas com uma melhor distribuição desse crescimento ao povo de MT. "Para dar a volta por cima, investimentos na indústria, no comércio, na infra-estrutura urbana são imprescindíveis na reativação da economia do país", finaliza.
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