Hizbollah ameaça Tel Aviv se houver ataque a Beirute
É a primeira vez que o grupo declara ter mísseis capazes de atingirem Tel Aviv, no litoral central de Israel, a 130 quilômetros da fronteira com o Líbano.
Uma importante fonte oficial israelense reagiu dizendo a um canal israelense que seu país destruirá a infra-estrutura libanesa se Tel Aviv for atacada.
"Se Tel Aviv for atacada, a infra-estrutura nacional libanesa será destruída", disse o canal estatal, citando uma fonte militar.
Nasrallah disse que o Hizbollah vai parar de jogar mísseis contra o norte de Israel se o Estado judeu parar de atacar áreas civis no Líbano.
"Quando vocês decidirem parar suas campanhas nas nossas cidades, subúrbios, civis e infra-estrutura, não vamos atacar com foguetes nenhum assentamento ou cidade israelense", disse ele.
Ao contrário do que diz Israel, ele negou que o Hizbollah tenha ficado enfraquecido desde 12 de julho, quando a guerra começou.
"Vocês não podem destruir o Hizbollah, porque a resistência não é um Exército clássico ou um Estado regular. A resistência é gente que tem crença, que vai para o martírio e o ama", afirmou. "A resistência não será quebrada, a resistência não será derrotada."
Os foguetes do Hizbollah mataram oito pessoas no norte de Israel na quinta-feira, e três soldados israelenses morreram em combate no sul do Líbano, o maior número desde o início do conflito.
Nasrallah disse que as tropas terrestres de Israel não estão obtendo muito sucesso no sul do Líbano, embora admita que avançaram em várias frentes na fronteira. "O Exército israelense é uma máquina gigante, que é cega, estúpida e incapaz."
Com seu usual turbante negro, aparentemente relaxado, ele atacou os Estados Unidos, prometendo que "qualquer que seja o resultado da guerra, o Líbano não será norte-americano e o Líbano não será israelense, e o Líbano não será uma das bases para o ''novo Oriente Médio'' que George Bush quer e que Condoleezza Rice quer."
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