Famato não descarta abertura de novas áreas de soja na Amazônia
"Não estamos desrespeitando a legislação brasileira tampouco cometendo algum tipo de crime e por isso vamos continuar plantando onde for permitido por lei", disse Corral.
Sobre a posição das tradings de embargar a soja de regiões que venham a serem abertas, Corral disse os produtores não têm estratégias definidas para cumprir as novas exigências. "Nossa posição é contrária a das tradings e vamos elaborar nossas estratégias dentro daquilo permitido por lei, não para atender uma instituição internacional", afirmou.
O receio dos produtores de Mato Grosso é que a pressão feita pelas Organizações Não-Governamentais (Ongs) para não se comprar mais soja das novas áreas do bioma amazônico seja expandida em um futuro não muito distante. "Hoje são apenas novas áreas. Amanhã serão as áreas já desmatadas, depois a Amazônia Legal e, por fim, todo o Estado. Não podemos nos organizar para atender as exigências de uma única instituição, pois isso fere a soberania nacional", disse Corral.
Para ele, os interesses por trás dessa pressão são econômicos e resultam do avanço da agricultura brasileira no mercado mundial. "País nenhum do mundo manteve seus recursos naturais intactos, por que o Brasil precisa manter? Se o mercado quiser que esses recursos sejam preservados terão que pagar algum prêmio por isso", disse.
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