Felipão diz ter convites para 2008 mas não do Brasil

O técnico Luiz Felipe Scolari disse nesta quinta-feira que já tem convites para trocar de emprego em 2008, quando acaba seu contrato com a seleção portuguesa. Contou também ter sido chamado para substituir Carlos Alberto Parreira na Seleção, mas negou que o convite da CBF ainda esteja de pé.

"Tenho convites para 2008, mas não da Seleção Brasileira", afirmou Felipão, que se recusou a fazer previsões sobre seu futuro. "Não descarto nada. Não sei o que vai acontecer, nem minha mulher sabe", acrescentou.

O treinador admitiu, no entanto, ter recebido um contato do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para voltar ao cargo que deixou há quatro anos. Depois de pensar por alguns dias e consultar parentes, resolveu renovar com a Federação Portuguesa.

"Fui sondado para pensar no assunto volta. Pedi dois ou três dias para conversar com minha família e decidi ficar em Portugal. Não é que eu tenha rejeitado. Foi uma opção, e não uma rejeição", declarou.

O projeto apresentado por Teixeira era de longo prazo. "A idéia era fazer um trabalho para 2010, com seqüência para 2014, já que existe a chance de a Copa ser no Brasil. Analisei, passei a bola adiante, e encerramos o assunto", contou Felipão.

O treinador renovou com a Federação Portuguesa, mas deixou aberta a possibilidade de saída antes do término do contrato em caso de troca no comando. Se Gilberto Madail deixar a presidência, o brasileiro tem 45 dias para resolver se fica ou sai sem o pagamento de qualquer multa rescisória.

Dunga

Felipão comentou a escolha de Dunga para assumir o comando técnico da Seleção Brasileira. Ele disse chamou a opção da CBF de ¿aposta¿ e aconselhou ao novo treinador do time nacional a manter suas características dos tempos de jogador.

"Ele é uma aposta. Quando comecei, no CSA de Alagoas, também era uma aposta do presidente. È claro que a Seleção é outro patamar, mas por que não começar com alguém que tem carisma, liderança, qualidade? Se vai dar certo, é tudo uma questão de tempo", opinou.

Na visão do técnico de Portugal, não é preciso gritar para liderar o grupo da Seleção. "Pode ter o resultado positivo de outra forma, com outro perfil. O que tem que saber é administrar as personalidades. Muitas vezes, só olhar já resolve", acrescentou.