Taxas de juros a 3% na eurozona
A instituição européia também elevou em 0,25 ponto percentual a linha de crédito marginal, pela qual empresta dinheiro às entidades, a 4%, e a linha de depósito, pela qual remunera o dinheiro, a 2%.
Os mercados davam como certa esta alta, depois que o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, deixou entrever esta decisão após a reunião do órgão executivo do banco em julho.
A maioria dos analistas considera que o banco subirá as taxas a 3,5% até o fim do ano para combater as pressões inflacionárias, embora alguns especialistas tenham advertido a entidade de que não deveria se precipitar, pois o crescimento da economia da zona do euro pode se tornar mais fraco em 2007.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), persistem os riscos para o futuro da economia da eurozona, sobretudo porque a recuperação do emprego e do consumo ainda não foi estabelecida de modo firme, o aumento da produtividade ainda é lento, os preços do petróleo são voláteis e os desequilíbrios globais não foram solucionados.
"Existe uma tensão entre o desenvolvimento atual (da economia), que sugere que o BCE deveria atuar mais rápido, e a preocupação em relação ao próximo ano", afirmam os economistas do banco de investimento JPMorgan.
Na opinião de analistas, o BCE deverá decidir entre continuar subindo as taxas para conter a alta dos preços ou não alterá-las para proteger o momento expansivo que atualmente a economia da zona do euro atravessa.
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