Ex-funcionários da Planam entram na justiça para receber dívidas trabalhistas
No dia em que a Polícia Federal entrou na empresa, cerca de 40 funcionários foram demitidos. Três meses depois do início da Operação Sanguessuga, boa parte deles continua desempregada e poucos se dispõem a falar sobre o passado na empresa. “Estamos sem receber os salários de abril, maio. Não foi feito acerto nenhum”, diz uma funcionária que não quis se identificar.
Todos os ex-funcionários estão procurando os direitos deles. O advogado Adriano Gonçalves representa 32 ex-funcionários que entraram com ações trabalhistas contra a Planam. A primeira vitória acaba de ser conquistada. A justiça trabalhista concedeu uma liminar bloqueando R$ 1,104 milhão dos cofres da Planam para garantir, ao final do processo, o eventual pagamento das dívidas com os empregados. Um crédito de R$ 500 mil da Planam com a Secretaria de Defesa Civil do Rio de Janeiro já foi retido. O dinheiro bloqueado na conta do governo Rio de Janeiro só paga metade do valor das rescisões, o que não preocupa o advogado, já que a justiça do Trabalho pode utilizar parte dos bens da família Vedoin para garantir o pagamento do restante das dívidas trabalhistas. “A justiça determinará outras providências para bloquear bens imóveis, veículos e outros bens que possam assegurar a efetividade das ações”, argumenta Adriano Gonçalves.
O advogado da Planam, Cláudio Stábile, disse que já informou à justiça que a empresa tem bens suficientes para pagar as dívidas e que o bloqueio não é necessário. Ele afirma ainda que a empresa deve somente R$ 100 mil aos funcionários.
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