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Cidades/Geral
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 08:16

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O aposentado Venâncio Pereira Bastos nunca teve problemas e acha que a comunidade deveria colaborar sempre, deixando seus pertences no porta-objetos, pois sabe que são medidas de segurança.

As portas giratórias dos bancos têm a finalidade de oferecer proteção à população na luta contra a violência. Mas essa proteção, às vezes, causa transtorno para algumas pessoas. As portas estão ajustadas para fazer a interrupção da entrada de armas de fogo e objetos que têm quantidade de metal semelhante a uma arma. A sensibilidade da porta é variável, pois a ajustagem é feita conforme o tipo de metal (ferrosos, não ferrosos e aço inox) associado ao volume dos objetos.

Por determinação da gerência de cada agência bancária, as portas giratórias podem ser reguladas para detectar até pequenas quantidades de metal. O ajuste do detector pode ser feito manualmente ou através de sistemas digitais realizados apenas por um técnico que faz a manutenção mensalmente. A eficácia das portas deve ser testada diariamente pelos vigilantes na presença de um funcionário da agência.

Devido à alta sensibilidade do sistema, muitas vezes os clientes são barrados com chaves, cintos e bolsas com fivelas grandes, calculadoras, óculos com armações antigas, relógios e moedas, devido à quantidade de metal que esses objetos juntos pesam.

De acordo com o gerente da Caixa Ecônomica Federal, Francisco de Assis Santos, os clientes colaboram e, ao irem ao banco, acabam levando apenas as coisas necessárias ou colaboram com os vigilantes deixando seus pertences no porta-objetos. Ele frisa que quando há detecção de metais, as portas trancam automaticamente e somente são liberadas pelos vigilantes. “As pessoas que passaram por cirurgia e utilizam marca-passo ou platina no corpo devem sempre apresentar a carteirinha que comprova o uso de materiais metálicos. A grande maioria dos clientes são conhecidos pelos seguranças o que não causa nenhum desconforto em situações especiais”, declara Santos.

A encarregada do atendimento da agência Sicredi, Fernanda Borges, diz que os clientes aprovam o uso da porta giratória, pois a medida de segurança acaba filtrando as pessoas que entram na cooperativa de crédito. “Deixar o telefone celular, chaves no porta-objetos já é uma atitude automática dos clientes, que entendem que a determinação visa oferecer proteção aos clientes e aos funcionários”.

A polêmica das portas giratórias divide opiniões: Algumas pessoas esquecem da proteção e ficam incomodadas de terem que ficar vasculhando bolsas ou pastas atrás dos objetos que trancam a porta. Segundo a técnica de enfermagem Maria de Ávila, algumas vezes está atrasada e perde algum tempo tirando da bolsa tudo o que pode trancar a porta.

Dos sete bancos localizados na área central de Tangará da Serra, cinco têm o sistema de segurança. Em Tangará da Serra, inclusive, alguns gerentes solicitam às empresas de seguranças que não troquem os vigilantes porque eles já conhecem o movimento do banco e até mesmo a maioria dos clientes.

As pessoas que usam cadeiras de roda, muletas ou trabalhadores que usam botinas com biqueiras de aço são analisadas e dependendo da agência são autorizados ou não a entrada na agência.

Segundo a gerente do Banco do Brasil, Rosângela Helena Antunes, a porta giratória é uma determinação do Banco Central e da Polícia como medida de segurança tanto pra os clientes como para os funcionários. Ela explica que os funcionários da agência local do BB procuram ter a maior habilidade ao lidar com situações em que o cliente está em cadeiras de roda ou usam muletas. "Todas as medidas de seguranças utilizadas pelas agências bancárias são regulamentadas pelo Banco Central e visam preservar a integridade física de clientes e funcionários", afirma.





Fonte: Diário da Serra

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