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Internacional
Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 15:15

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A decisão da Uefa de transferir todos os jogos de competições européias que deveriam ser realizadas em Israel, por causa do conflito existente na região, causou grande indignação no país, em particular na equipe Bene Yehuda, uma das mais prejudicadas. Hezi Maguen, presidente do pequeno clube, que pela primeira vez participa de uma competição européia, chamou a decisão de "política" e afirmou que tem uma clara raiz "antiisraelense e anti-semita".

Ele pediu à Federação Israelense de Futebol (IFA, sigla em inglês) que não aceite a decisão e boicote, "como medida de protesto", todas as competições européias.

A Bene Yehuda deve enfrentar na próxima semana o Lokomotiv de Sófia pela segunda fase preliminar da Copa da Uefa, a primeira participação da equipe na competição.

Já Iche Menachem, presidente da IFA, comunicou ontem a Maguen sua intenção de recorrer hoje, quarta-feira, da resolução da Uefa de que as equipes israelenses atuem em campo neutro por causa do conflito com a guerrilha libanesa Hisbolá.

A decisão da Uefa caiu como um jarro de água fria em Israel, embora Menachem tenha pedido às quatro equipes israelenses envolvidas em competições européias que acatem a decisão e busquem um local alternativo para seus respectivos jogos, até ser dado um veredicto final.

As outras três equipes que atuam em competições européias na atual temporada são o Hapoel Tel Aviv, que enfrenta o Domzale - da Eslovênia - na Copa da Uefa, o Betar Jerusalém, que joga contra o Dínamo de Bucareste, também na Uefa, e o Macabi Haifa, que terá como adversário o Liverpool na Liga dos Campeões.

Entre outubro de 2001 e abril de 2004, todos os jogos da Fifa e da Uefa foram realizados fora do país por causa da Intifada de Al-Aqsa.

Maguen disse que as decisões da Uefa são cheias de "política" e afirmou que a Fiba nunca tomou decisão semelhante nas partidas de basquete.

"A última vez que Uefa proibiu os jogos em Israel, foram realizadas aqui dezenas de partidas de basquete de competições européias e todos compareceram normalmente", declarou o presidente do Bene Yehuda.

Segundo analistas esportivos israelenses, a diferença entre as posturas da Uefa e da Fiba é fruto da diferença de importância das equipes de basquete e de futebol do país.

Na Fiba, equipes como o Maccabi Tel Aviv e o Hapoel Jerusalém, ambos campeões europeus no passado, têm um peso considerável nas decisões da entidade, ao contrário dos quase irrelevantes times de futebol de Israel na Uefa.





Fonte: EFE

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