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Internacional
Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 15:00

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O ministro de Exteriores italiano, Massimo D''Alema, reiterou hoje o pedido de um "imediato fim das hostilidades" no Líbano, e considerou que o envio de uma força internacional só poderá ser acontecer depois do cessar-fogo.

"É evidente que não é possível mobilizar nenhuma força internacional enquanto houver guerra", disse D''Alema em entrevista coletiva em Roma, após se reunir com o vice-primeiro-ministro iraquiano Barham Saleh.

O responsável da diplomacia italiana fez estas declarações depois que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que a ofensiva militar no sul do Líbano continuará até a mobilização de uma força multinacional na fronteira.

D''Alema afirmou que a necessidade de um cessar-fogo prévio foi transmitida "várias vezes às autoridades israelenses".

"O fim das hostilidades é o primeiro passo para que o processo político seja colocado em andamento. Temos repetido isso muitas vezes ao Governo israelense, e a União Européia tem reiterado isso em uma postura unânime e clara", afirmou.

Após sua reunião com Saleh, D''Alema compareceu às comissões de Exteriores do Congresso e do Senado, e disse que "Israel está cometendo um erro confiando sua segurança à dureza impiedosa da ação militar".

O ministro de Exteriores italiano considerou que a posição das autoridades israelenses "não é realista", e ressaltou que não é possível pensar que a milícia xiita do Hisbolá, presente no Parlamento libanês, é simplesmente um "grupo de terroristas que pode ser identificado e desarmado".

D''Alema afirmou ter "a razoável convicção" de que depois de um cessar-fogo viria "bastante rapidamente a devolução dos reféns", em referência aos dois militares israelenses capturados pelo Hisbolá em 12 de julho.

Além disso, o ministro italiano confirmou que a Itália participará da reunião preliminar que acontecerá amanhã, em Nova York, sobre a composição de uma eventual força multinacional para o Líbano, à qual estão convidados todos os países que se mostraram dispostos a participar da operação.





Fonte: EFE

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