Lojas judaicas são atacadas em Roma
Os donos de cerca de 20 lojas no centro e nos subúrbios da capital italiana chegaram aos seus locais de trabalho na manhã de terça-feira e encontraram as fechaduras cheias de cola, dobradiças travadas com pregos e suásticas pichadas nos muros, disse Riccardo Pacifici, porta-voz da Comunidade Judaica de Roma.
Embora nem todas as lojas atacadas tenham judeus como proprietários, o ataque foi aparentemente conduzido em reação às hostilidades entre Israel e os guerrilheiros do Hezbollah, disse Pacifici.
Panfletos assinados por um grupo que se autodenomina Fascistas Revolucionários Armados foram deixados nas lojas criticando o que os neonazistas classificaram como a "economia sionista" e incluindo frases pró-Hezbollah, de acordo com Pacifici.
"Ainda há anti-semitas na Itália", disse Pacifici. Segundo ele, as organizações judaicas italianas receberam dezenas de e-mails responsabilizando os judeus pela violência no Oriente Médio.
O prefeito de Roma, Walter Veltroni, condenou os atos de vandalismo. "Roma e os romanos são contra qualquer forma de anti-semitismo", disse Veltroni, de acordo com o jornal Corriere della Sera. "Eu espero que os autores dessas ações respondam por elas na corte em breve".
A polícia não fez comentários sobre a investigação.
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