Militares dos EUA riram ao matar presos no Iraque--testemunha
A testemunha de acusação, o soldado Bradley Mason, disse que um dos acusados, o sargento Raymond Girouard, contou-lhe que, se fosse preso, tentaria obter uma liberação médica porque sofreu de transtorno do estresse pós-traumático.
"Eles apenas sorriram", relatou Mason. "Disse a ele (Girouard) que não compactuava com isso. É assassinato".
Os militares — o soldado de primeira classe Corey Clagett, o especialista William Hunsaker, Girouard e o especialista Juston Graber — são da 101a. Divisão de Pára-quedistas baseada em Samarra, ao norte de Bagdá. Eles disseram que os três homens foram mortos ao tentar fugir.
Os réus foram acusados de homicídio premeditado, tentativa de homicídio, conspiração, ameaça e obstrução da justiça, por causa dos assassinatos, ocorridos por volta do dia 9 de maio. Uma condenação por homicídio premeditado pode resultar na pena de morte, sob a lei militar dos EUA.
A audiência para determinar se os militares enfrentarão corte marcial está acontecendo na base operacional Speicher, na cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit, a 175 quilômetros da capital iraquiana.
Está em curso um período delicado, em que as Forças Armadas investigam outros casos de supostos abusos que enraiveceram os iraquianos — incluindo as mortes de até 24 civis desarmados na cidade de Haditha, que teriam sido causadas por marines dos EUA.
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