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Nacional
Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 08:32

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A polícia de São Paulo matou 84,27% pessoas a mais no primeiro semestre de 2006 do que nos seis primeiros meses do ano passado. O período foi marcado pelos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) a bases policiais e alvos civis. O número de prisões efetuadas pela polícia, no entanto, sofreu redução de 2,6%, de acordo com a Folha de S.Paulo.

De janeiro a junho de 2006, segundo dados oficiais divulgados ontem pelo governo Cláudio Lembo (PFL), 328 suspeitos foram mortos por policiais civis e militares no Estado; no mesmo período do ano passado, 178 mortes foram contabilizadas. Durante todo o ano de 2005, foram cometidas 329 mortes atribuídas a policiais. Dessas, 278 ocorridas em confrontos com a PM, segundo o comando da corporação. Por lei, o governo estadual é obrigado a apresentar publicamente os índices de criminalidade a cada três meses.

Os números divulgados pela Secretaria da Segurança Pública na terça-feira, referentes ao segundo trimestre - que incluem o período de 12 a 19 de maio -, o número de mortes registrado aumentou de 116 (nos meses de janeiro, fevereiro e março) para 212 (em abril, maio e junho). Na época dos ataques, o governo afirmou que, das pessoas mortas por policiais, 92 tinham ligação com os atentados da facção criminosa PCC.

Considerando-se as 328 mortes cometidas por policiais militares e civis em São Paulo, até o dia 30 de junho, a média diária é de 1,82. No primeiro semestre de 2005, esse mesmo índice de letalidade na ação de PMs e civis foi de 0,98 caso.

A Polícia Militar foi a que mais matou, de acordo com o levantamento. Somente no primeiro semestre deste ano, PMs mataram 298 pessoas em São Paulo, contra 158 no mesmo período de 2005. O aumento foi de 88,61%. Os policiais civis também mataram mais agora (30 pessoas) do que nos primeiros seis meses de 2005 (20 mortes).

O número total de apreensões de armas também sofreu uma queda: no primeiro semestre de 2005, 16.238 armas foram encaminhadas para os depósitos da Polícia Civil; neste ano, 13.437, ou seja, o período foi marcado por uma queda de 17,25% nas apreensões.

O número de policiais civis e militares mortos nos primeiros seis meses do ano também sofreu um aumento: 90,91%. Outros crimes, como o homicídio doloso (intencional), o seqüestro e o roubo a banco também aumentaram em todo o Estado.

Os PMs mortos em 2006 foram 19; em 2005, nove, ou seja, 111,11% de aumento. Em 2005, entre janeiro e junho, dois policiais civis foram mortos em São Paulo; neste ano, o índice voltou a se repetir, apesar do PCC.





Fonte: Terra

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