Cheques sem fundos crescem 22%

Mato Grosso registra alta de 22,28% na emissão de cheques sem fundos em junho ante o mês de maio, a quarta maior variação entre os 19 Estados pesquisados no Brasil. Na comparação entre junho de 2006 e o mesmo período de 2005 a alta é de 14,21%. Os dados constam no relatório da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo. O levantamento mostra que no mês passado os cheques sem fundos atingiram 2,25% do volume total de documentos que circularam no comércio, contra o índice de 1,84% em maio e 1,97% em junho de 2005.

Apesar do aumento em junho o desempenho de Mato Grosso ainda está abaixo da média nacional, com 2,63% no mês passado. O resultado no país é impulsionado pelo comportamento em 9 Estados, com destaque para o Rio Grande do Norte, onde o conjunto de cheques sem fundos representa 4,31% do universo total de emissões no mês passado. O Amazonas também fechou com balanço acima dos 4%, com 4,25% de cheques sem fundos. Na outra ponta do ranking está Goiás, com 1,63%, o menor índice da rodada da pesquisa.

A média nacional aponta baixa de 8,68% na emissão de cheques sem fundo entre maio e junho deste ano. No mês de maio o índice era de 2,88% ante 2,63% em junho. Conforme a análise da Telecheque o recuo é o resultado da combinação do aumento do salário mínimo e a alta na geração de empregos formais no país.

"Passamos por um período de certo descontrole diante do crédito fácil em ascensão. Agora o consumidor está mais adaptado e começa a utilizar o crédito dentro da real capacidade de endividamento", afirma o coordenador de Comunicação da Telecheque, Marcos Vinícius Pereira.

O balanço do primeiro semestre do ano ainda não foi concluído pela Telecheque, sob a justificativa de alterações na metodologia da pesquisa.

A empresa destaca que o banco de dados é composto pelo cruzamento de informações do Banco Central, mais de 100 instituições financeiras e de empresas usuárias, em um total de mais de 50 milhões de fontes diferentes.

Segundo a empresa mais de 12 mil usuários utilizam o sistema em pelo menos mil municípios brasileiros.