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Internacional
Terça - 01 de Agosto de 2006 às 14:21

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Hamid Reza Asefi, disse hoje que a resolução aprovada ontem pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas "não tem base jurídica".

"Esta resolução busca apenas conseguir os interesses de alguns países e, na realidade, quer pressionar o Irã e impedir de forma prematura que continue a via do dialogo", disse Asefi, segundo a televisão iraniana.

O porta-voz da diplomacia iraniana também disse que a resolução, que ameaça Teerã com sanções se não interromper o processamento de urânio, é "destruidora e inadequada".

"Obviamente, esta resolução não terá nenhum resultado construtivo e, na realidade, pode só agravar a situação", afirmou Asefi.

Segundo o porta-voz ministerial, o envolvimento do Conselho de Segurança das Nações Unidas não ajudará, mas "será um obstáculo no caminho".

"Este experimento já foi testado antes", disse Asefi, afirmando que, "antes do envolvimento do Conselho de Segurança (nos trabalhos da) na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a cooperação do Irã era mais ampla".

As declarações de Asefi chegam pouco depois de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, garantir que seu país considera como "um direito" o acesso à energia nuclear com fins pacíficos, e afirmou que manterão seus testes apesar do uso da "linguagem das ameaças".

"Minhas palavras são as da nação iraniana. No Irã, há um slogan: ''a nação iraniana considera a produção para uso pacífico de combustível nuclear como seu direito''", disse Ahmadinejad em discurso televisionado ao vivo.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira uma resolução exigindo que o Irã cumpra todas as demandas e resoluções da AIEA e concede o prazo de até 31 de agosto para que suspenda "todas suas atividades de enriquecimento de urânio".





Fonte: AFP

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