Justiça quer relatório sobre impacto do bloqueio de recursos da Varig
Ontem, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio desse valor para garantir os pagamentos das rescisões e dos salários atrasados de funcionários da companhia.
A Deloitte ficou responsável por elaborar um relatório sobre os impactos financeiros da decisão sobre a empresa. O promotor Gustavo Lunz, que acompanha o processo de recuperação judicial, já disse ver "conflito de competência" na decisão da Justiça do Trabalho.
A reunião entre sindicatos e representantes da Varig e da VarigLog no Ministério Público do Trabalho para tratar da situação dos funcionários demitidos já dura quatro horas.
Bloqueio
A 33ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro concedeu ontem uma liminar para bloquear o depósito de US$ 75 milhões feito pela VarigLog no dia 24 de julho e garantir o pagamento de obrigações trabalhistas.
Os recursos seriam usados para financiar investimentos na Varig, conforme previsto no edital do leilão de venda da companhia.
A liminar, pedida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do município do Rio de Janeiro e pelo Sindicato dos Aeroviários do Amazonas, ligados ao TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), foi concedida pelo juiz do trabalho Múcio Nascimento Borges.
Na decisão, o juiz diz que o bloqueio foi feito "para que garanta o pagamento dos haveres trabalhistas dos substituídos [trabalhadores filiados a esses sindicatos], bloqueando o valor depositado em favor da 8ª Vara Empresarial".
Segundo o promotor Gustavo Lunz, que acompanha o processo de recuperação judicial da companhia, a medida pode não ser viável por uma questão de "conflito de competências".
"Tenho dúvidas quanto à competência do juiz da vara do trabalho para deferir essa decisão", afirmou.
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