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Internacional
Terça - 01 de Agosto de 2006 às 13:33

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O ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, não trouxe nenhuma proposta nova para resolver a crise envolvendo o Líbano, e não foi convidado por Beirute, mas viajou por iniciativa própria, disseram fontes governamentais. Segundo Mohammed Chatah - conselheiro político do primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora -, Mottaki foi "expressar sua solidariedade ao Líbano", sem que tivesse sido previamente convidado.

Chatah, que falava em nome do Governo libanês, disse que o "Irã é um país importante na região e também no Líbano, além do vínculo de comunidades (entre xiitas), seria ingênuo negar esta importância".

Em declarações hoje à imprensa, Mottaki disse que seu país apoiaria "o que o Governo e o povo libanês decidirem", sem dar nenhuma mensagem explícita de apoio ao Hisbolá, movimento xiita que está em conflito com Israel no sul do país.

A posição do Hisbolá é ambivalente, pois apoiaram o "plano Siniora" que pede o "desarmamento dos grupos irregulares" e a extensão da autoridade do Estado no sul do país, mas, nos discursos de seus líderes, mantêm armas e continuam controlando o sul do Líbano, inclusive o sul de Beirute.

Além de se reunir com o ministro de Exteriores libanês, Fawzi Salloukh, com o primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, e com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, não há informações se Mottaki viu também alguns dos responsáveis do Hisbolá.

O movimento xiita libanês não esconde a afinidade com o Irã, mas que nega as acusações feitas por Israel de que é Teerã é responsável por financiar e armar o grupo.

Mottaki se encontrou também ontem à noite com o ministro de Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, em uma reunião que terminou sem declarações.

Em entrevista coletiva antes de ir embora de Beirute, Mottaki disse que alguns Estados fizeram cálculos errados sobre a possível derrota da milícia xiita Hisbolá, e acusou os EUA de agirem para manter o confronto.

"Os cálculos de alguns Estados de que a resistência acabaria em uma ou duas semanas foram errados. Esses Estados vêem agora que suas previsões falharam e, por isso, começam a pedir o fim da agressão", disse Mottaki.





Fonte: EFE

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