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Falta de lei breca GPS nos carros
SÃO PAULO - Suba o viaduto, vire à esquerda. Quem viaja para a Europa ou para os Estados Unidos se impressiona ao alugar um carro com GPS (sigla em inglês para sistema global de localização via satélite) e ouvir ordens como essas. Por que não dá ter essa facilidade no Brasil?
A primeira questão, a falta de mapas digitais, é mais fácil de resolver. Se não houver nada público, basta comprar um da rede privada. Mas o principal empecilho é mesmo o fato de o Brasil não dispor de leis específicas para o uso de GPS em carros.
"Falta uma legislação que efetivamente dê orientação às montadoras", diz Paulo Roberto Garbossa, diretora da ADK Automotive, consultoria especializada no setor. "As grandes, como BMW e Mercedes, já desenvolveram essa tecnologia. Adotá-la aqui seria muito fácil."
Segundo ele, no entanto, nenhuma montadora vai investir no GPS de fábrica para o Brasil enquanto não houver essa lei. "Imagine colocar o sistema se a qualquer momento podem fazer uma legislação proibindo tudo o que se tinha planejado", diz o especialista.
"O GPS é item de série em 85% dos carros lançados nos Estados Unidos e em 60% na Europa. Quanto mais difícil é andar numa cidade maior é a utilização do sistema. Em Berlim, por exemplo, praticamente todo mundo usa."
No Brasil, o setor que mais usa o GPS é o de transportes de carga, seja na cidade ou nas rodovias. "Começamos com o sistema em 1994, quando ele chegou no Brasil", diz Paulo Roberto de Souza, o assessor de segurança do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp).
Mais do que localizar um caminhão, é possível interagir com o motorista, graças a sistemas de comunicação, seja por satélite, rádio ou celular. "Funciona tanto para evitar roubo de carga quanto para a logística."
A entidade calcula que 10% do 1,5 milhão de caminhões que circula no País tenham algum tipo de equipamento de rastreamento. Para São Paulo, há mapas de precisão, comprados de empresas privadas.
Por enquanto, o GPS é alvo da mesma resolução do Conselho Nacional de Trânsito que os aparelhos de DVD, a de número 190, de fevereiro.
Pela determinação, o aparelho só é permitido no painel se, em vez de mostrar no mapa, as instruções forem dadas por áudio ou algum outro sinal. A resolução substitui a 153, de 2003, que vetava todo e qualquer tipo de aparelho com imagem no painel.
Segundo a Assessoria de Imprensa do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), não há uma legislação específica para GPS porque não foi realizado estudo técnico. De acordo com o órgão, não houve demanda para justificar tal avaliação.
Como trocou de profissão de uma hora para outra, há três anos, o ex-gráfico e hoje taxista Edmur Caetano de Mello Júnior, de 44 anos, sofria para rodar pela cidade. Ele comprou então o Maplink Destinator, kit com GPS e mapas digitais.
Agora, circula com seu computador de mão no painel do carro e recebe o caminho a seguir por áudio: "Entre à direita a 500 metros", diz, por exemplo, a voz metálica. "Além dos roteiros, sei onde estão hospitais, delegacias, parques", explica Mello Júnior.
A primeira questão, a falta de mapas digitais, é mais fácil de resolver. Se não houver nada público, basta comprar um da rede privada. Mas o principal empecilho é mesmo o fato de o Brasil não dispor de leis específicas para o uso de GPS em carros.
"Falta uma legislação que efetivamente dê orientação às montadoras", diz Paulo Roberto Garbossa, diretora da ADK Automotive, consultoria especializada no setor. "As grandes, como BMW e Mercedes, já desenvolveram essa tecnologia. Adotá-la aqui seria muito fácil."
Segundo ele, no entanto, nenhuma montadora vai investir no GPS de fábrica para o Brasil enquanto não houver essa lei. "Imagine colocar o sistema se a qualquer momento podem fazer uma legislação proibindo tudo o que se tinha planejado", diz o especialista.
"O GPS é item de série em 85% dos carros lançados nos Estados Unidos e em 60% na Europa. Quanto mais difícil é andar numa cidade maior é a utilização do sistema. Em Berlim, por exemplo, praticamente todo mundo usa."
No Brasil, o setor que mais usa o GPS é o de transportes de carga, seja na cidade ou nas rodovias. "Começamos com o sistema em 1994, quando ele chegou no Brasil", diz Paulo Roberto de Souza, o assessor de segurança do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp).
Mais do que localizar um caminhão, é possível interagir com o motorista, graças a sistemas de comunicação, seja por satélite, rádio ou celular. "Funciona tanto para evitar roubo de carga quanto para a logística."
A entidade calcula que 10% do 1,5 milhão de caminhões que circula no País tenham algum tipo de equipamento de rastreamento. Para São Paulo, há mapas de precisão, comprados de empresas privadas.
Por enquanto, o GPS é alvo da mesma resolução do Conselho Nacional de Trânsito que os aparelhos de DVD, a de número 190, de fevereiro.
Pela determinação, o aparelho só é permitido no painel se, em vez de mostrar no mapa, as instruções forem dadas por áudio ou algum outro sinal. A resolução substitui a 153, de 2003, que vetava todo e qualquer tipo de aparelho com imagem no painel.
Segundo a Assessoria de Imprensa do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), não há uma legislação específica para GPS porque não foi realizado estudo técnico. De acordo com o órgão, não houve demanda para justificar tal avaliação.
Como trocou de profissão de uma hora para outra, há três anos, o ex-gráfico e hoje taxista Edmur Caetano de Mello Júnior, de 44 anos, sofria para rodar pela cidade. Ele comprou então o Maplink Destinator, kit com GPS e mapas digitais.
Agora, circula com seu computador de mão no painel do carro e recebe o caminho a seguir por áudio: "Entre à direita a 500 metros", diz, por exemplo, a voz metálica. "Além dos roteiros, sei onde estão hospitais, delegacias, parques", explica Mello Júnior.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/286339/visualizar/
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