Esquerda mexicana endurece protestos por suposta fraude eleitoral
O candidato cumpriu a promessa feita neste domingo e instalou um acampamento diante do Palácio Nacional, onde passou a noite em uma barraca de campanha.
Centenas de simpatizantes de López Obrador permanecem posicionados em importantes avenidas da metrópole nos chamados "acampamentos pela democracia", que bloqueiam 8 km da emblemática avenida Reforma e as ruas adjacentes no centro da cidade.
O protesto impede o trânsito de veículos ao longo do centro financeiro da Cidade do México, o que provocou um grande congestionamento desde o início da manhã.
"Nós havíamos afirmado que, dadas as circunstâncias, era necessário endurecer as ações. Ontem [domingo] Andrés Manuel demonstrou compreensão e apoiou esta medida. Entendemos que gera irritações, mas não há maneira de evitá-las", disse Gerardo Fernández, porta-voz da coalizão Pelo Bem de Todos.
Os acampamentos serão mantidos de maneira permanente até que o Tribunal Eleitoral anuncie a decisão sobre a impugnação da eleição solicitada pela coalizão de esquerda.
A instância jurídica tem até 31 de agosto para solucionar as demandas e até 6 de setembro para declarar a validade das eleições presidenciais, nas quais o candidato conservador Felipe Calderón foi o vencedor, segundo a apuração oficial.
A nova mobilização de López Obrador foi criticada pelo governista Partido Ação Nacional (PAN), que a considerou uma agressão.
"Não podemos deixar de reprovar que as manifestações tenham se transformado em atos francos de agressão, de perturbação da ordem pública na Cidade do México", afirmou César Nava, porta-voz do PAN.
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