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Internacional
Segunda - 31 de Julho de 2006 às 10:18

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Homens armados seqüestraram 29 pessoas nesta segunda-feira na capital do Iraque, Bagdá, enquanto a última onda de violência no país deixou 27 mortos, incluindo quatro vítimas de um ataque suicida.

A maioria dos atos violentos recentes no Iraque estão relacionados aos conflitos entre sunitas e xiitas. O governo iraquiano anunciou hoje que 30.359 famílias (cerca de 180 mil pessoas) fugiram de suas casas para escapar da violência desde meados de fevereiro até o dia 30 de julho.

No centro da capital Bagdá, homens armados vestidos como policiais seqüestraram 11 funcionários da Câmara de Comércio Iraque-EUA nesta segunda-feira, informou o Ministério iraquiano das Relações Exteriores.

Segundo o ministério, os homens, que usavam uniformes da polícia nacional, chegaram em 15 veículos militares à sede da câmara, no bairro Al Arasat. De acordo com as primeiras informações, não houve disparos. A maioria dos seqüestrados trabalha na Câmara de Comércio, mas não há mais detalhes sobre o seqüestro.

Segundo o chefe de polícia iraquiano Thair Mahmoud, 15 funcionários de uma empresa vizinha dedicada à venda de telefones celulares também foram seqüestrados. Segundo Mahmoud, todos os seqüestrados são iraquianos.

Em um segundo seqüestro, ao sudeste de Bagdá, um grupo de homens armados, também uniformizados, interceptou um carro que levava um empresário iraquiano e seus dois filhos. Segundo o porta-voz da polícia iraquiana Bilal Ali Majeed, os três foram seqüestrados.

Os seqüestros praticados por homens uniformizados são habituais em Bagdá. O Ministério do Interior iraquiano afirmou em várias ocasiões desde o mês de junho que queria resolver este problema criando novas credenciais e uniformes policiais.

Centenas de pessoas foram seqüestradas por grupos radicais no Iraque nos últimos meses e muitas delas foram assassinadas por seus seqüestradores.

Ataques

Por outro lado, o Ministério do Interior informou que nove pessoas, inclusive um coronel dos serviços secretos iraquianos, morreram em novos ataques cometidos nesta segunda-feira pela insurgência em diferentes áreas do Iraque.

Quatro das nove vítimas eram membros de uma milícia curda e morreram em um atentado suicida com carro-bomba em uma estrada entre as cidades de Dohuk e Mossul, no norte do Iraque, informou o capitão de polícia Ali Hadi. Seis pessoas ficaram feridas no ataque.

Em Bagdá, um grupo de pistoleiros assassinou o coronel Fakhri Jamil no bairro Al Yarmouk (oeste), enquanto outros nove iraquianos morreram em ataques no leste e no centro da capital.

A polícia também encontrou hoje oito corpos de pessoas atingidas por disparos na região de Bagdá.

Governo

Membros do Parlamento iraquiano têm pressionado pela substituição do ministro do Interior, Jawad al Bolani, responsável pelos comandos policial e paramilitar.

"Bagdá é a chave da segurança do Iraque. Um quarto da população [do país] vive em Bagdá, então a segurança é muito importante sob os aspectos político, econômico e social", disse o vice-presidente Adel Abdul Mahdi.

Em entrevista à agência de notícias Associated Press, Mahdi afirmou nesta segunda-feira que em breve haverá mudanças no Gabinete, sem dar mais detalhes.





Fonte: Folha Online

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