Apesar de trégua, Israel descarta cessar-fogo imediato
Em pronunciamento no parlamento israelense, Peretz disse que se a ofensiva for interrompida, "os extremistas vão voltar a levantar a cabeça" e a ameaça a Israel voltará.
Israel vai "expandir e reforçar" os ataques. O gabinete de Defesa estuda como aumentar o escopo da operação.
Israel interrompeu os bombardeios aéreos no sul do Líbano por 48 horas para que se possa investigar a morte de civis na cidade de Qana, no sul do país.
Gesto humanitário
Pelo menos 54 pessoas morreram - entre elas, muitas crianças - em um ataque de aviões a uma casa. Foi o ataque mais violento desde o começo da crise, em 12 de julho.
Peretz descreveu o cessar-fogo temporário no sul do Líbano, que Israel encara como uma oportunidade para civis fugirem dali, como um "gesto humanitário".
"Não há mudança no nosso objetivo", disse Peretz. "Um gesto humanitário não vai afetar as metas da ofensiva. O Exército vai expandir e aprofundar suas ações contra o Hezbollah."
Durante seu discurso, Peretz foi interrompido diversas vezes por deputados árabes do parlamento israelense.
Nesta segunda-feira, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse que os Estados Unidos vão buscar nas Nações Unidas uma resolução que estabeleça ainda nesta semana o cessar-fogo.
No sul do Líbano, o confronto entre israelenses e libanenses continua. O repórter da BBC Richard Miron disse que aviões de Israel estão cruzando os céus no sul do país, e que não está claro se eles estão obedecendo à ordem de cessar-fogo.
Na madrugada, aviões atacaram o leste do Líbano. O exército israelense disse que a ação ocorreu meia hora antes da ordem de cessar-fogo.
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