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Internacional
Sábado - 29 de Julho de 2006 às 21:30

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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou neste sábado a Jerusalém para tentar encontrar uma solução para o conflito no Líbano, onde prosseguem os bombardeios israelenses. Paralelamente a isso, o chefe do grupo terrorista libanês Hizbollah ameaçou Israel e acusou os Estados Unidos de querer impor suas condições para um cessar das hostilidades.

Rice chega a Israel no mesmo dia em que as autoridades israelenses rejeitaram um pedido feito pelo coordenador de ajuda humanitária da ONU, Jan Egeland, de uma trégua de 72 horas para poder levar água, comida e medicamentos às vítimas da ofensiva militar, que já deixou mais de 600 mortos.

Nessa nova visita de Condoleezza Rice, a segunda em menos de uma semana, a chanceler americana vai se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert e, no domingo, com a ministra das Relações Exteriores para discutir uma "paz e estabilidade duradouras para Israel e o Líbano", segundo palavras do presidente George W. Bush.

Falando em seu programa de rádio semanal neste sábado, no dia seguinte em que recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, Bush reforçou seu apoio ao envio urgente de uma força multinacional ao Líbano.

O plano nesse sentido, elaborado por Bush e Blair, continuará sendo discutido na segunda-feira com uma rodada de negociações na ONU, a respeito da composição e do mandato de uma futura força internacional no sul do Líbano.

Já o chefe do Hizbollah, Hassan Nasrallah, em um discurso difundido pela al Manar, o canal de televisão do grupo, ameaçou atacar as cidades do centro de Israel se Tel Aviv "continuar com sua agressão contra o povo libanês". "Afula é apenas o começo. Muitas cidades do centro (de Israel) serão alvo de nossos ataques se a agressão contra o nosso povo prosseguir", afirmou.

O estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados israelenses levado a cabo pelo Hizbollah no último dia 12. Desde o início dos confrontos, a violência já deixou cerca de 445 mortos no Líbano --entre eles, mais de 380 civis, 20 soldados libaneses e 35 terroristas-- e mais de 52 mortos em Israel, sendo 19 civis. Entre os mortos no Líbano, há sete cidadãos brasileiros, três deles crianças.





Fonte: Folha Online

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