Professores da UFMT marcam protesto contra governo federal

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) paralisam as atividades nesta terça-feira (1) em protesto contra o governo federal, que não cumpriu compromisso salarial com os servidores. Na mesma data, a partir das 8h30, os docentes promovem assembléia geral intitulada "Universidade: O Que Somos e o Que Queremos", para discutir o sucateamento da instituição e meios de melhorar o ensino.

A decisão da paralisação foi tomada ontem em reunião da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat). A professora Célia Alves Borges, membro da associação, explica que o governo concedeu aumento aos servidores e garantiu que pagaria o valor retroativo em uma única parcela. Porém, o montante será quitado em três parcelas, provocando insatisfação da categoria.

Em nota, a Adufmat informou que neste dia 31 ocorrerá o aviso de paralisação, além de convite à comunidade universitária para participar da assembléia, na sede da associação. "Hoje, nós temos uma universidade sem dinheiro, com estrutura caindo aos pedaços, muitos professores substitutos e excesso de alunos nas salas de aula. Queremos mudança geral neste quadro", afirma Célia.

Os servidores das universidades federais também estão insatisfeitos com a postura do governo e promovem uma paralisação nacional nos dias 9 e 10 de agosto, garante a coordenadora geral do Sindicato dos Servidores da UFMT (Sintuf).

O motivo alegado para a manifestação também é referente ao parcelamento do valor retroativo do reajuste salarial. "A redução de carga horária de 40 para 30 horas foi resolvida em reunião do Consuni". Com isso, as atividades do Hospital Universitário Júlio Müller, que ameaçavam parar, continuam funcionando normalmente.