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Educação/Vestibular
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 09:45

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Os resultados do Censo Escolar 2005 apontaram um índice de 33% de negros em escolas privadas do Brasil. A porcentagem fica abaixo dos 48% da população brasileira jovem (entre 5 e 24 anos) que se considera negro ou pardo. Nas escolas públicas, segundo o IBGE, o índice de alunos negros ou pardos chega a 56,4% dos alunos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A pesquisa, que pela primeira vez levantou dados étnicos, gerou polêmica por deixar esta opção optativa e em caráter de autodeclaração. Cerca de 20% dos entrevistados não se pronunciaram.

Os dados afirmam também que o percentual não varia muito entre os ensinos fundamental e médio. Nas escolas particulares, 34% dos alunos do fundamental que declararam a etnia disseram ser pretos e pardos - cai para 30% no médio. Já na rede pública, o índice é de 60% e 57%, respectivamente.

Segundo especialistas, os números da rede pública refletem a universalização do ensino fundamental a partir da década de 70, gerando uma demanda pelo nível médio. No caso da rede particular, o percentual baixo reflete diferenças sociais e discriminação.

Outro ponto que chama a atenção é o "embranquecimento" na educação. Os negros entram na escola, mas não conseguem avançar nos estudos. "A questão é a diferença de aproveitamento ao longo da vida escolar", aponta o professor Marcelo Paixão, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ele lembra que, enquanto 53% das crianças brancas de dez anos estavam na série ideal para a idade, só 35% das crianças negras se encaixavam no perfil.

A professora Regina Vinhaes, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) diz que o ensino deve ter um caráter mais cidadão. "Incluir na educação não é apenas matricular, mas garantir qualidade de ensino e possibilidade de prosseguir na vida acadêmica", aponta.




Fonte: Terra

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