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Cidades/Geral
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 07:05

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Em um passado recente seriam impensáveis tanto decisões judiciais favoráveis ao público gay, ainda mais políticas governamentais. O que ocorre no Brasil é resultado de atuação de diversos grupos, fundamentalmente na Bahia, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

"A questão tem outro ângulo: o público gay é também consumidor. E há um vasto campo a ser explorado em prol desse público que, claro, vai gerar dividendos graciosos a empresários mais avançados", afirma o advogado Antônio Lemos Augusto.

Ele diz que em São Paulo e no Rio de Janeiro, o setor imobiliário já projeta apartamentos com características que buscam atrair o gay. Outra área explorada é o turismo.

v O público gay também vota. Também ocupa cargos e funções públicas, com poder de decisão. Também empresaria. Também financia e é financiado. Para Lemos, a atual conjuntura demonstra a expressividade que esse público tem em todas as áreas econômicas e sociais, expressividade exemplificada até mesmo pelas paradas do orgulho gay, cada ano maiores nas cidades brasileiras, principalmente em São Paulo. "A legislação brasileira, bem como a interpretação que se faz dela, avançou muito na busca em resguardar a igualdade, independentemente de opção sexual. As decisões judiciais caminham nesse sentido, às vezes de forma mais lenta, às vezes mais ágil".

Para o presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Livremente, com atuação em Mato Grosso, Clóvis Arantes, a decisão da juíza de Cuiabá não surpreende, já que é uma tendência no Brasil inteiro. "Nossos magistrados estão mais sensíveis à causa, mas faltam legisladores com coragem para regulamentação destes direitos". Em ano eleitoral, o medo de contrariar as "massas conservadoras" é maior ainda. (RD)




Fonte: A Gazeta

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