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Nacional
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 06:57

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O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que falta racionalidade política ao ex-presidente Itamar Franco (1992-1994), que nesta quinta-feira atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de aderir à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência. "O presidente Itamar é uma pessoa que nós respeitamos, mas ele reage em cima de mágoas pessoais e não em cima de racionalidade política, o que seria de se esperar de um presidente da República", disse Tarso à Reuters por telefone.

Para o ministro, os ataques a Lula são "injustiça", uma vez que o presidente nomeou Itamar, apoiador do petista na eleição de 2002, para a embaixada em Roma, que ele deixou em 2005. Em Belo Horizonte, após declarar apoio a Alckmin, Itamar chamou Lula de "arrogante" e disse que seu governo é um "feixe de palha".

Em contraposição, afirmou que Alckmin é "uma companhia ética". Numa referência às conhecidas idas e vindas do político mineiro, Tarso disse contar com uma nova mudança de idéia de Itamar num eventual segundo turno ou num próximo mandato. "As acusações não estabelecem ruptura de relações. Se tiver segundo turno, e o Alckmin não estiver, Itamar poderá estar conosco."

Tarso creditou a decisão de Itamar a questões do PMDB. "O apoio ao Alckmin é por problemas internos do PMDB de Minas Gerais, mas sabemos que podemos contar com ele no segundo mandato, porque, apesar disso, ele pensa muito no Brasil". A aproximação com Alckmin pode ser interpretada com a resposta de Itamar ao PT, que rechaçou sua candidatura ao Senado em troca de apoio ao ex-governador Newton Cardoso (PMDB).

Ainda este ano, ele tentou, sem êxito, ser candidato do PMDB à Presidência e, após os dois fracassos, saiu do partido. Outra questão em jogo é o projeto de eleição do governador mineiro Aécio Neves (PSDB) para a Presidência em 2010, que Itamar também defenderia.




Fonte: Reuters

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