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Nacional
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 05:21

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Após anunciar, no início da semana, que possuía provas contra 80% dos 116 parlamentares e ex-parlamentares acusados de envolvimento com o esquema de venda superfaturada de ambulâncias (cerca de 90 pessoas), a CPI dos Sanguessugas recuou e, agora, admite dispor de evidências "irrefutáveis" para pedir a cassação de apenas 30 congressistas. Com isso, a comissão deve poupar, ao menos no relatório preliminar, aproximadamente 60 deputados e senadores sob suspeita.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, contra esse grupo de 60 parlamentares e ex-parlamentares há até o momento apenas "provas testemunhais", consideradas insuficientes para solicitar cassação ao Conselho de Ética. Após realizar consultas jurídicas, a CPI concluiu que será necessário realizar mais investigações.

Segundo a comissão, os 30 congressistas contra os quais há evidências "irrefutáveis" são aqueles que receberam propina mediante depósitos bancários ou ganharam carros ou passagens aéreas com o objetivo de apresentar emendas à União para a compra irregular das ambulâncias. Parlamentares também teriam negociado diretamente com prefeitos o direcionamento de licitações destinadas à aquisição dos veículos.

As provas em poder da CPI e do Ministério Público foram fornecidas sobretudo por Darci e Luiz Antônio Vedoin - sócios da Planam, apontada como operadora do esquema fraudulento. Presos na Operação Sanguessuga da Polícia Federal, eles concordaram em colaborar com as investigações em troca da delação premiada - benefício legal que prevê penas menores.

A comissão parlamentar decidiu recuar agora por acreditar que, na hipótese de pedir a cassação dos 60, facilitaria sua defesa por conta da falta de provas efetivas. A CPI acredita que, em alguns casos, assessores de deputados ou senadores decidiram participar da máfia dos sanguessugas por conta própria, sem o conhecimento dos superiores.




Fonte: Terra

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