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Internacional
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 01:51

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Milhares de pessoas se reuniram hoje no centro da cidade de Tangshan para lembrar as vítimas do pior terremoto do século XX, ocorrido há 30 anos, e que causou a morte de 242.769 pessoas.

Visivelmente emocionados, parentes das vítimas depositaram ramos de flores e outras oferendas, como cigarros e licores, aos pés do monumento que lembra o terremoto, o terceiro pior da história.

Na madrugada de 28 de julho de 1976, um tremor com intensidade de 8,2 na escala Richter arrasou a cidade. O Governo chinês até hoje afirma que a magnitude foi de 7,8 graus.

"Irmã Li, avó Zheng, nunca esqueceremos esse terrível dia", dizia um dos cartazes que acompanhavam as oferendas. Dezenas de pessoas faziam reverências ao monumento, entre lágrimas.

"Eu não trouxe nada, simplesmente vim aqui olhar o monumento e lembrar o que aconteceu", disse à Efe Fu Baotong, um homem de 40 anos que era uma criança de 10 anos quando foi acordado pelo terremoto.

Fu lembra apenas as duas horas que passou entre os escombros, até ser regatado por soldados.

As oferendas de flores, no entanto, foram retiradas rapidamente pela Polícia chinesa, que evacuou todo o centro da cidade, para que os líderes chineses homenageassem as vítimas.

A maior autoridade presente foi Bai Keming, secretário do Comitê provincial de Hebei do Partido Comunista da China (PCCh), que levou um ramo de flores ao monumento.

"Trinta anos depois, nunca poderemos esquecer as vítimas da tragédia, mas temos que seguir adiante com nossas vidas, com valor, confiança e esperança", disse.

Bai manteve o tom de propaganda da imprensa chinesa durante esta semana para desviar a atenção do procedimento do Governo há 30 anos, quando tentou encobrir a tragédia. Este ano, o acesso da imprensa estrangeira aos atos pelo aniversário também foi dificultado.

"O progresso de Tangshan não seria possível sem a ajuda do Governo central e a devoção do Exército", disse o secretário.

Em Tangshan morreram oficialmente 242.769 pessoas e outras 164.851 ficaram feridas.




Fonte: EFE

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