Mato Grosso forma 1ª turma em Medicina Intensiva

A Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em parceria com a Associação de Medicina Intensiva do Brasil (Amib), capacitou, através do 1º Curso de Pós-graduação lato sensu em Medicina Intensiva, 43 médicos especialistas em medicina intensiva para atuarem nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado.

A formatura da nova equipe ocorreu na última sexta-feira (21.07), na Escola de Saúde Pública (ESP).

Segundo o secretário adjunto de Saúde, Antonio Augusto de Carvalho, esta ação do Estado é a primeira do Brasil em formar especialistas de medicina intensiva. Eles atuarão em todas as regiões do Estado fazendo parte do projeto de interiorização das ações de Saúde.

Com a expansão do fornecimento de leitos de UTI aos usuários do SUS a ação se tornou necessária uma vez que é exigido por Lei a formação do médico intensivista para a assistência médica nas UTIs.

A Escola de Saúde Pública teve sua participação na condução desta ação de educação continuada que contou com a ajuda de especialistas não só de Mato Grosso como de professores do Rio de Janeiro e São Paulo.

O curso começou em abril de 2005 e finalizou em junho deste ano, com a duração de 15 meses, e foi piloto no Estado para a capacitação de outros profissionais médicos na especialização.

A supervisora médica do curso, Dilza Antonia da Costa, disse que o mercado necessita de muitos médicos intensivistas e que, por isso, a Amib já está programando uma segunda turma de especialistas, que começará a ter aulas no final da primeira quinzena de setembro, também na Escola de Saúde Pública.

“Já temos 45 médicos inscritos para essa segunda turma, e há uma fila de 35 esperando vaga para se inscreverem. O curso é muito procurado”, explicou a médica.

Dilza Antonia da Costa, que também é formada em medicina intensivista e uma das fundadoras da Sociedade Mato-grossense de Medicina Intensivista (Somati) informou que “a quantidade de médicos necessários para uma unidade de UTI (com dez leitos) chega a 16 profissionais sendo que um terço destes devem ser titulados pela Amib e esse curso de capacitação vem de encontro à melhor preparação do candidato” .

“A medicina intensivista é uma especialidade relativamente nova”, contou Dilza Antonia. “Começou a produzir profissionais devidamente titulados há cinco anos. Hoje, nas grandes Capitais, os hospitais já oferecem residência na especialidade”.

O 1º Curso de Pós-graduação lato sensu em Medicina Intensiva, em Cuiabá, já começou a mostrar os primeiros frutos de competência na formação de médicos intensivistas. Dois formandos da primeira turma de MT prestaram provas no Recife, em Pernambuco, como médicos intensivistas e passaram.