Profissionais da Educação têm oportunidade de inclusão
Essa é a realidade de grande parte dos profissionais da educação que por algum motivo nunca tiveram acesso à informatização. Para diminuir esse indicador a Seduc está oferecendo a esses profissionais a oportunidade de inclusão digital, proporcionando a eles um mundo de conhecimentos e oportunidades.
“Quem não se capacita fica para traz”, reconhece Eliete informando que após esse curso vai dar continuidade em outro mais avançado. “A oportunidade que estamos tendo em fazer esse curso é excelente, pois nós nos sentimos valorizados”, acrescentou.
A situação de Eliete é observada também em seus colegas de curso, onde a maioria se revela fora do mundo digital. “Eu fiz um curso há mais de dez anos e não me lembro de mais nada”, fala a professora Silbene Fátima Mota Souza. “Quando apareceu a oportunidade de fazer as aulas aqui em meu município, eu não pensei duas vezes, agora quero aprender e praticar para não esquecer mais”, destacou.
“Eu tenho computador em casa, mas não sei usar. Com a apostila eu vou poder praticar em casa, pois ela tem tudo muito bem explicado é só seguir passo a passo os exercícios”, comentou a professora Eliana Flores.
A Seduc está oferecendo o “Aprimorar Digital” em 71 municípios do Estado, sendo que cada um tem uma escola pólo para a realização das aulas. De acordo com a coordenadora do projeto de Inclusão Digital, Maria Aparecida dos Santos, o objetivo é capacitar todos os professores, técnicos e apoios administrativos das 637 escolas da rede estadual, além das 89 Assessorias Pedagógicas e dos 13 Centros de Formação e Atualização dos Professores (Cefapros). “Esse é um passo muito importante para eles, uma oportunidade única que todos precisam aproveitar ao máximo”, afirmou a coordenadora.
Mirassol D’Oeste
Outro município beneficiado é Mirassol D’Oeste (300 km a Oeste de Cuiabá). Conforme o professor do Cefapro de Cáceres, Luizmar Deleque, que está aplicando o curso em Mirassol D’Oeste, as aulas ajudaram na interação dos funcionários, pois sempre tem alguém que sabe um pouco mais e ajuda o outro que sabe menos. “Eles estão interagindo entre si e isso é bom para o funcionamento da escola. É uma troca de saberes”.
“Nunca tive oportunidade de aprender informática, nem alguém para me orientar”, revelou Cecília de Fátima Mendonça da Silva, professora há 23 anos. “Depois dessas aulas eu vou ter suporte para pesquisar na internet e elaborar o plano de aula”.
Rosana do Carmo Fascio é professora de artes e acredita que estava faltando essa qualificação em sua profissão. “Eu vou aproveitar muito em sala de aula, meus alunos vão poder desenvolver os exercícios no laboratório de informática com meu acompanhamento. Agora eu posso auxiliá-los sem medo de não saber responder o que perguntam”, falou a professora se referindo ao receio que tinha em responder aos alunos quando perguntavam sobre o laboratório de informática.
O curso teve início na segunda-feira e termina amanhã, com um total de 40 horas sendo oito horas diárias.
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