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Sanguessugas: Quintal se afasta do Conselho de Ética
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O deputado Josias Quintal (PMDB-RJ) pediu nesta quarta-feira afastamento de suas funções no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e de todas as comissões da Câmara das quais era integrante. O parlamentar foi citado na lista de deputados investigados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas.
Josias Quintal afirmou que "todo parlamentar acusado ou alvo de uma investigação não deve participar das instâncias da Casa que realizam esse processo". Quintal disse que não participou do esquema de corrupção, fato reconhecido, segundo o deputado, até pelo empresário Luís Antônio Vedoin em seu depoimento.
O parlamentar disse ainda que não tem condições de participar de qualquer atividade da Casa antes que seja esclarecida sua situação. Ele afirmou que há 60 dias seu nome foi apontado como envolvido com a compra irregular de ambulâncias e, apesar de ter respondido aos questionamentos da CPMI, nada foi feito para retirar seu nome do rol de suspeitos.
Doação de ambulância
De acordo com a Agência Câmara, Josias Quintal afirmou que, há cerca de três anos, seu assessor, Moisés Sampaio Gomes, foi procurado por Vedoin. O empresário teria pedido que fosse indicada uma entidade para receber uma ambulância arrematada em leilão. Quintal disse que indicou a Casa de Caridade Santa Rita, o pronto-socorro de Barra do Piraí (RJ), com 114 anos de existência. Acrescentou que recuperou o veículo com seus próprios recursos antes de entregá-lo à instituição.
O parlamentar explicou que esse foi seu único contato com o empresário e que, se havia ali intenção de aproximação por parte dele, isso nunca ocorreu. O deputado acrescentou que nunca apresentou emendas para a compra de ambulâncias. Disse ainda que não recebeu nada nessa operação e que não foi gasto nem um centavo de dinheiro público. "Não vejo nada de ilegal nisso que fiz e teria feito mil vezes se houvesse a oportunidade de conseguir doações para hospitais públicos", disse.
Prejuízo eleitoral
Quintal criticou a demora da CPMI em esclarecer os fatos publicamente e também a decisão de deixar as investigações para depois das eleições. "Quero a verdade, quero que digam que tipo de vantagem ilícita eu obtive", disse. O parlamentar afirmou ainda que está sendo muito prejudicado eleitoralmente e que não pode deixar de observar que há adversários no Rio que fazem parte da comissão e podem estar se beneficiando com a demora da CPMI em esclarecer quem é inocente e quem é culpado nesse processo.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/287027/visualizar/
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