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Saúde
Sábado - 09 de Fevereiro de 2013 às 07:26
Por: JOANICE DE DEUS

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Durante os festejos de Carnaval em Cuiabá e no interior, as unidades de saúde vão distribuir camisinhas
Durante os festejos de Carnaval em Cuiabá e no interior, as unidades de saúde vão distribuir camisinhas
Carnaval é época de festa, curtição, muita paquera e muitos beijos na boca. Porém, beijar várias pessoas, geralmente desconhecidas, não é nada saudável. Especialistas alertam que é preciso tomar cuidado para evitar doenças que podem ser transmitidas através da saliva. Contaminações por alimentos mal lavados ou conservados e higiene precária também são problemas frequentes neste período.

De acordo com a médica infectologista Zamara Brandão Ribeiro, a doença mais explicita que os beijoqueiros de plantão correm risco de contrair ou transmitir é o herpes simples, que surge com uma pequena coceira em uma região próxima a boca e, após, aparecem pequenas bolhas. Após o contágio, o vírus permanece para sempre no corpo da pessoa. “Há o risco também de se pegar a cárie dental, causada pela bactéria streptococcus”, alertou Zamara Ribeiro.

Outra enfermidade é a mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como "doença do beijo". Provocada pelo vírus Epsteinbarr, a monocleose causa febre, indisposição e dor de garganta. Depois, surgem ínguas na região do pescoço, manchas vermelhas pelo corpo, perda de apetite e enjoo. O quadro também pode evoluir para inflamação do fígado e do baço. Gripes, resfriados e meningites também podem surgir durante a folia.

Também é preciso tomar cuidado com os alimentos que se contaminados por bactérias ou vírus podem causar intoxicação alimentar ou a gastroenterite. Outro exemplo é a hepatite A. “A pessoa deve tentar não comer em lugar onde o nível de higienização não é satisfatório, inclusive, onde não há alvará”, orientou. Deve-se ficar atento ao estado das latas e garrafas de bebidas e beber direto na lata.

Todo alerta é pouco com as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e, se rolar algo mais que um beijo não pode faltar o preservativo masculino ou feminino. Além da Aids, o folião pode se contaminar com a sífilis, hepatites B e C, gonorreia, HPV, entre outras. “São doenças que a gente tem que se prevenir o ano todo”, frisou coordenadora do Programa DSTs/Aids de Cuiabá, Rosane Meciano. “A Aids é uma realidade e não tem cura. A pessoa tem que se tratar pelo resto da vida”, acrescentou.

Zamara Ribeiro comentou ainda que durante a realização de uma ação ocorrida no fim do ano passado em locais como shoppings foi realizado o teste rápido para sífilis e HIV e houve a detecção de jovens soropositivos para o HIV. Já Rosane Meciano destacou que nos últimos dias 6 e 7, uma ação semelhante foi realizada e houve o diagnóstico de casos de sífilis. O teste rápido pode ser feito no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que fica no Grande Terceiro. O telefone para outras informações é o 3634-3245.

Segundo Meciano, a Capital recebeu do Ministério da Saúde 403 mil camisinhas masculinas e 55 mil femininas que estão disponíveis nos centros de saúde e unidades do Programa da Família (PSFs) e que também serão distribuídas nos locais onde serão realizados bailes carnavalescos como a praça da Mandioca, Pedra 90 e CPA II. Também serão realizadas ações educativas nas saídas para Santo Antônio de Leverger e Chapada dos Guimarães, municípios que prometem receber grande número de foliões.




Fonte: Do DC

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