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Internacional
Quarta - 26 de Julho de 2006 às 19:50

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O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad lançou um apelo nesta quarta-feira à instauração de um "cessar-fogo" no Líbano, e pediu a todas as partes que iniciassem um diálogo sem "pré-condições", num momento em que Israel rejeita o cessar-fogo solicitado pelo Hezbolá.

"Lançamos um apelo ao cessar-fogo e ao fim da guerra. Somos contra a agressão e pedimos a todas as partes que iniciem o diálogo sem pré-condições", declarou ao término de uma reunião em Douchanbe com seus colegas tadjique e afegão, Emomali Rakhmonov e Hamid Karzai.

Karzai também se manifestou a favor de um fim rápido das hostilidades. Ele foi o único dos três chefes de Estado reunidos no Tadjiquistão para esta conferência dos países persas a expressar preocupação também com as perdas civis israelenses.

O Hezbolá, um movimento radical xiita libanês próximo ao governo de Teerã, pediu um cessar-fogo nesta quarta-feira, mas não foi atendido.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Manuchehr Mottaki, já havia sugerido segunda-feira um "cessar-fogo" seguido por uma troca de prisioneiros para acabar com a ofensiva israelense no Líbano.

"Pela mentira, o dinheiro e a traição, os Estados Unidos querem definir a política no mundo. Os Estados Unidos querem mudar o mapa geopolítico através de Israel", acusou Ahmadinejad.

O presidente iraniano desmentiu qualquer apoio material ou militar de seu governo ao Hezbolá, e denunciou as informações "difamatórias" de Washington nesse sentido. "O Hezbolá é um movimento popular que apoiamos moralmente e politicamente. Os americanos querem ocultar seus próprios fracassos divulgando informações errôneas e difamatórias", disse Ahmadinejad.

Nesta quarta-feira, ao término da conferência internacional sobre o Líbano em Roma, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu à Síria e ao Irã que modifiquem sua política no Oriente Médio e no Líbano.

Além disso, Ahmadinejad descartou a eventualidade de um ataque militar americano contra o Irã. "Só os imbecis pensam que tal ataque é possível. O Irã é forte, é uma potência mundial", esbravejou.





Fonte: AFP

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