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Internacional
Quarta - 26 de Julho de 2006 às 19:30

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O presidente cubano, Fidel Castro, brincou hoje ao comentar sua idade e afirmou que não continuará no Governo de seu país até os 100 anos, durante um discurso no qual relembrou os benefícios da revolução e criticou os Estados Unidos.

Vestido com seu tradicional uniforme verde-oliva, Castro, que no dia 13 de agosto completará 80 anos, liderou o ato principal organizado em Bayamo por ocasião do Dia da Rebeldia Nacional, no qual foi comemorado o 53º aniversário do ataque ao quartel Moncada, considerado o início da revolução.

"Os vizinhos do norte não precisam se preocupar, pois não pretendo exercer meu cargo até os 100 anos", declarou Castro em tom de piada durante um discurso de duas horas e meia.

O presidente cubano também comentou a queda que sofreu em outubro de 2004 em Santa Clara, além de explicar que ainda continua em reabilitação por causa das lesões que sofreu em um braço e em uma perna.

"Vão completar dois anos de minha elegante queda", brincou Castro, que se perguntou depois: "O que teria sido de mim sem uma recuperação que me permitisse caminhar e usar o braço, talvez não com tanto ''punch'' como em outros tempos, mas me resta a canhota, que é um braço muito simbólico".

Durante o discurso ele comentou o desenvolvimento dos programas sociais da revolução e destacou o aumento da esperança de vida no país, que passou de 19 anos em 1959 para 77 anos hoje em dia.

"Há falta sem dúvida de uma transição, isto não pode ser suportado, que a esperança de vida de nossa pequena ilha isolada seja 1,2 ano maior que a média dos países desenvolvidos", declarou Castro com ironia em referência às últimas medidas anunciadas pelos EUA para acelerarem a transição do Governo cubano.

Milhares de pessoas, 100 mil segundo os organizadores, compareceram ao ato, realizado na Praça da Pátria de Bayamo, com a presença de um grande número de ex-combatentes, dirigentes do Partido Comunista de Cuba e de membros do Governo.

No dia 26 de julho de 1953, o então jovem advogado Fidel Castro liderou sua primeira ação armada contra o ditador Fulgencio Batista, o assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Gramados, da cidade de Santiago de Cuba, que acabaram em fracasso, mas que marcaram o início do processo, que acabou em janeiro de 1959 com o triunfo da revolução.





Fonte: EFE

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