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Pecuária: Queda de 28,82% na arroba
Que a vaca foi para o brejo, o pecuarista sabe disso há muito tempo, afinal, os números registrados pelo segmento comprovam a perda do poder aquisitivo. Tomando por base os preços atuais para arroba em Mato Grosso, a redução na cotação acumula quase 30%, levando em comparação os valores adotados em outubro de 2003, R$ 59, para os atuais R$ 45,80 (-28,82).
Desde 2003 a arroba iniciou uma curva de declínio nos preços pagos ao produtor. Em contrapartida, somente durante o ano passado, o preço do quilo da carne no varejo acumulou incremento de até 55,09%.
Para o presidente da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Ricardo Castro Cunha, “tanto pecuaristas como os consumidores estão sendo postos em uma mesma armadilha. A queda da cotação da arroba do boi coincide com o mesmo período em que os frigoríficos começaram a se organizar e atuar em forma de cartel. Por isso os preços pagos na produção caem a cada dia e não reduzem na mesma proporção para o consumidor”, adverte.
Em pesquisas realizadas pela APR-MT semanalmente, a entidade monitora os preços do quilo dos 13 cortes de carne bovina mais consumidos na grande Cuiabá, tanto a resfriada a granel quanto a resfriada embalada. “Desde fevereiro do ano passado estamos realizando esta pesquisa de preços. O que posso dizer é que de lá pra cá as variações positivas ao consumidor não refletem o que acontece no campo”, lamenta.
Em fevereiro de 2005 -- início do monitoramento -- o quilo do miolo da alcatra estava sendo comercializado a R$ 8,99 em junho, fechou a R$ 9,23, ou seja, com uma alta de 2,66%. “Só para se ter noção do problema, a arroba do boi em fevereiro de 2005 estava cotada a R$ 49, no mês passado foi comercializada a R$ 45,80, uma redução no preço pago ao produtor de 6,98%”, exclama Castro Cunha.
Ele lembra que até mesmo cortes mais populares, como a costela, neste mesmo período de comparação registra alta de 26%, passando de R$ 3,19 o quilo para R$ 4,02, em junho.
Outro destaque entre os cortes ofertados no varejo está o filé mignon que teve o quilo majorado de R$ 13,99 para R$ 15,05 -- mesmo período de comparação -- a alta chega a 7,57%. “Ressalto, a arroba caiu 6,98 para o produtor”. O levantamento de preços é feito nas duas principais redes supermercadistas da grande Cuiabá.
O Diário tentou durante a tarde de ontem contato por celular com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), mas as ligações não conseguiram ser completadas.
Já do lado varejista, a outra ponta da cadeia bovina, uma fonte ligada à Associação dos Supermercadistas de Mato Grosso (Asmat) disse que os supermercados, neste caso, trabalham sempre com promoções e atingem o limite da margem de lucro. Para forçar a queda no preço do quilo é preciso que o consumo de carne bovina aumente entre os cuiabanos. “Vendendo mais, podemos compensar nos preços”.
Castro Cunha destaca, entretanto, que os preços da carne bovina no varejo chegam a registrar queda de mais de 30% nos supermercados, durante os últimos seis meses. Para o pecuarista, isso é uma verdadeira armadilha, “pois a alta nos preços do varejo foi mais de 55%, com uma redução de cerca de 30%. A arroba não aumentou, portanto, qualquer alta não se justifica, este é o alerta que a APR-MT deixa para a população”.
Desde 2003 a arroba iniciou uma curva de declínio nos preços pagos ao produtor. Em contrapartida, somente durante o ano passado, o preço do quilo da carne no varejo acumulou incremento de até 55,09%.
Para o presidente da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Ricardo Castro Cunha, “tanto pecuaristas como os consumidores estão sendo postos em uma mesma armadilha. A queda da cotação da arroba do boi coincide com o mesmo período em que os frigoríficos começaram a se organizar e atuar em forma de cartel. Por isso os preços pagos na produção caem a cada dia e não reduzem na mesma proporção para o consumidor”, adverte.
Em pesquisas realizadas pela APR-MT semanalmente, a entidade monitora os preços do quilo dos 13 cortes de carne bovina mais consumidos na grande Cuiabá, tanto a resfriada a granel quanto a resfriada embalada. “Desde fevereiro do ano passado estamos realizando esta pesquisa de preços. O que posso dizer é que de lá pra cá as variações positivas ao consumidor não refletem o que acontece no campo”, lamenta.
Em fevereiro de 2005 -- início do monitoramento -- o quilo do miolo da alcatra estava sendo comercializado a R$ 8,99 em junho, fechou a R$ 9,23, ou seja, com uma alta de 2,66%. “Só para se ter noção do problema, a arroba do boi em fevereiro de 2005 estava cotada a R$ 49, no mês passado foi comercializada a R$ 45,80, uma redução no preço pago ao produtor de 6,98%”, exclama Castro Cunha.
Ele lembra que até mesmo cortes mais populares, como a costela, neste mesmo período de comparação registra alta de 26%, passando de R$ 3,19 o quilo para R$ 4,02, em junho.
Outro destaque entre os cortes ofertados no varejo está o filé mignon que teve o quilo majorado de R$ 13,99 para R$ 15,05 -- mesmo período de comparação -- a alta chega a 7,57%. “Ressalto, a arroba caiu 6,98 para o produtor”. O levantamento de preços é feito nas duas principais redes supermercadistas da grande Cuiabá.
O Diário tentou durante a tarde de ontem contato por celular com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), mas as ligações não conseguiram ser completadas.
Já do lado varejista, a outra ponta da cadeia bovina, uma fonte ligada à Associação dos Supermercadistas de Mato Grosso (Asmat) disse que os supermercados, neste caso, trabalham sempre com promoções e atingem o limite da margem de lucro. Para forçar a queda no preço do quilo é preciso que o consumo de carne bovina aumente entre os cuiabanos. “Vendendo mais, podemos compensar nos preços”.
Castro Cunha destaca, entretanto, que os preços da carne bovina no varejo chegam a registrar queda de mais de 30% nos supermercados, durante os últimos seis meses. Para o pecuarista, isso é uma verdadeira armadilha, “pois a alta nos preços do varejo foi mais de 55%, com uma redução de cerca de 30%. A arroba não aumentou, portanto, qualquer alta não se justifica, este é o alerta que a APR-MT deixa para a população”.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/287350/visualizar/

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