ONU confirma morte de 3 observadores; China reage

A Força Interina das Nações Unidas no sul do Líbano (Unifil) confirmou hoje a morte de três de seus observadores militares, enquanto procura o corpo de mais um, que está desaparecido. Pouco antes, o governo chinês emitiu hoje uma nota oficial na qual manifestou sua "firme condenação" ao ataque aéreo de Israel - um dos funcionários da ONU mortos, identificado como Zhaoyu, era procedente da China.

O texto acrescentou que a China espera "medidas para garantir a segurança das missões de paz da ONU" da parte de "todas as partes do conflito, e especialmente Israel". Até então, Pequim evitava condenar Israel e o Líbano pelo conflito, limitando-se a pedir às partes o fim das hostilidades e a retomada das negociações.

Mortes O porta-voz da Unifil, Milos Strugger, disse que as equipes de resgate estão vasculhando os escombros do edifício da ONU atingido, na localidade fronteiriça libanesa de Khiam. Além do funcionpario chinês, as outras vítimas podem ser um canadense, um austríaco e um finlandês.

Strugger não confirmou as nacionalidades, pois é o governo de cada país que deve anunciar a morte de seus cidadãos.

Strugger não quis comentar se acreditava que o ataque foi "aparentemente deliberado", como disse ontem à noite o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Mas disse que Annan tira suas conclusões da informação proporcionada pela Unifil.

Os quatro soldados eram os únicos ocupantes do imóvel. Mesmo assim, foi a maior baixa sofrida pela força da ONU nas duas semanas de guerra não declarada.

Outro soldado da Unifil já havia morrido e quatro foram feridos em outros ataques da aviação israelense.