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Polícia Brasil
Terça - 25 de Julho de 2006 às 18:14
Por: Adão de Oliveira/Graziela Fial

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O Departamento Estadual de Trânsito (Detran), por meio de sua Corregedoria, e a Delegacia Fazendária do Estado deflagraram na manhã desta terça-feira 25.07) a Operação “Casa de Abelha”, para coibir irregularidades que seriam indícios de fraude de documentos para liberação de veículos.

A partira das 5h45 da manhã, 10 delegados e 55 investigadores da Polícia Civil cumpriram cinco mandados de prisão temporária e quatro de prisão preventiva. Foram presos o empresário Antônio Luiz Bertoni Júnior, os despachantes Elmo Zaniel Antônio da Silva, Jordali Benedito de Lara e Elias Francisco da Silva.

Além desses, foram cumpridos os mandados de prisão preventiva do empresário Fernando Metello Gomes de Almeida, e dos vistoriadores do Detran, Orestes Boaventura de Moraes, Benedito Xavier da Mata, Erivaldo da Costa Marques e Odacil José de Campos.

Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Entre eles, na casa de Elmo Zaniel da Silva, onde foram encontrados vários talonários de cheques, títulos de eleitor, espelhos de documentos, CICs; todos em nome de Elmo, o que indica que ele falsificava e utilizava documentos perdidos para abertura de contas bancárias.

Ainda estão foragidos dois membros da suposta quadrilha: Kalil Calangos Daruge e Edson Roberto de Paula.

As irregularidades cometidas por servidores do Detran serão apuradas também em processo administrativo disciplinar.

Investigação

Por meio de sua Corregedoria, o Detran vem investigando irregularidades que seriam indícios de fraude de documentos para liberação de veículos desde 2002. Nos últimos anos, a Corregedoria encaminhou 14 processos à Delegacia Fazendária, fato que possibilitou o início das investigações e, então, culminou na operação “Casa de Abelha”.

No decorrer das investigações descobriu-se que as fraudes eram feitas por uma suposta quadrilha que atuava inclusive com ramificações em outros Estados. As investigações constataram ainda que a fraude adquiriu mais de uma forma. No início eram feitas cópias de CRV (Certificado de Registro de Veículos) aparentemente perfeitas.

Então, eram montados processos de transferências de veículos de São Paulo para Mato Grosso e, daqui, para outros Estados, como Santa Catarina e Paraná. O verdadeiro proprietário do veículo descobria a fraude quando, normalmente depois de um ano, procurava o Detran de São Paulo para licenciamento anual e, então, era informado de que seu veículo constava como tendo sido transferido para outro Estado.

Posteriormente, a quadrilha passou a agir de outra forma: pegava um determinado CRV verdadeiro e colocava em veículos provenientes de roubo em Mato Grosso. Por último, a quadrilha roubava nomes de pessoas físicas, falsificava documentos e constituía empresa em nome de “laranjas”, para financiar veículos.

Em seguida, a empresa era abandonada e os veículos desapareciam, sendo feitas três ou quatro transferências. O prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão ficava para as financiadoras.

Os “laranjas” eram pessoas que moravam em outros Estados e vítimas da quadrilha. Uma das “laranjas”, Carla Fabiane de Andrade, foi encontrada: mora no Paraná e não tinha conhecimento do fato.





Fonte: Da Assessoria

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