Robótica se volta para a interação homem-robô
Coréia do Sul testa mil robôs em lares do país "Na Coréia do Sul, o governo determina que 1% do PIB seja aplicado em pesquisas sobre robótica", lembrou o professor Sadek Absi Alfaro, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília, em reportagem da Agência Fapesp. Enquanto isso, frisou, "o brasileiro ainda acredita que o robô pode tirar empregos da indústria nacional".
No simpósio, o professor Glauco Caurin apresentou o protótipo de uma mão artificial. O dispositivo é resultado do projeto "Habilidades sensório-motoras aplicadas ao desenvolvimento de mãos artificiais robotizadas", que tem apoio da Fapesp. Os dedos se movem independentemente e a mão foi desenvolvida em plástico poliuretano à base de óleo de mamona biocompatível, o que minimiza os níveis de rejeição.
Caurin, que dá aula na Escola de Engenharia Mecânica de São Carlos, da USP, disse que "a robótica industrial é importante, mas são os robôs que devem cooperar e se adaptar ao ser humano, não é o ser humano que deve se adaptar à máquina". Neste contexto, desafiador é criar um sistema que possa ser acoplado a uma pessoa, como a mão robótica apresentada.
Num futuro que está cada vez menos distante, a meta da indústria é fazer com que cada lar tenha um robô, afirmou o pesquisador. Principalmente para realizar aquelas tarefas que o homem não quer fazer, e um exemplo claro disso é a venda, em 2005, de mais de 1 milhão de robôs aspiradores de pó.
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