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Há um ano, Jean Charles era assassinado
(Londres, BR Press)- O único "terrorista" que a Scotland Yard executou foi um de nós: um inocente latino. Em 22 de julho de 2005 o brasilero Jean Charles Meneses foi assassinado no metrô londrino, na estação de Stockwell. Inicialmente, foi dito que ele não atendera uma ordem de detenção, que saltou a barreira do metrô e que era imigrante ilegal. Tudo isso se demonstrou falso.
Naquele dia, um espião que vigiava o edifício onde pretensamente vivia um binladenenista se distraiu por ir ao banheiro e confundiu Jean Charles com este suposto suspeito. Durante quase uma hora, outros agentes lhe seguiram até que ele desceu no metrô, onde não os rádios não operavam.
Menezes não vestia nenhuma indumentária que pudesse camuflar uma bomba. Além do mais, já se sabe que a polícia não tentou detê-lo. Mal informados e mal intercomunicados, os agentes primeiro lhe dispararam sete tiros em sua nuca e depois buscaram saber sua identidade.
Indignados
Família e defesa do brasileiro Jean Charles de Menezes devem recorrer da decisão da promotoria britânica de não indiciar nenhum dos policiais envolvidos no caso, anunciada na última segunda (17/07). "Estou enojada", disse Vivien Figueiredo, prima de Jean Charles.
Fazer justiça a esse crime é algo que interessa aos milhões de imigrantes latinos no mundo. Enquanto o presidente brasilero foi a Londres e conseguiu que Blair peça desculpas por isso, outros presidentes latino-americanos quase nem se movem quando compatriotas seus sofrem injustiças no exterior.
(*) Isaac Bigio é ex-professor da London School of Economics e analista internacional com especialização em América Latina. Bombas em Bombaim O macro-atentado de 11 de julho de 2006 em Bombaim (o maior centro urbano da Índia) se assemelha aos de 11 de setembro nos EUA, ao de 11 março em Madrid e ao de 07 de janeiro em Londres, onde ocorreram ataques sincronizados, surpresos e indiscriminados contra passageiros em estações. Os principias grupos armados separatistas da Cachemira, assim como antes fizeram o ETA basco e o IRA irlandês, têm condenado a carnificina. No caso de Bombaim, se o autor se tratar de algum grupo ligado ao Al Qaeda, certamente houve uma modificação em sua estratégia. Até o momento Bin Laden tem patrocinado ataques a civis das potencias cristãs que têm ocupado o Iraque. Sabidamente, a Índia é de crença hindu e não apoiou a Guerra do Iraque. Apesar de ter um presidente muçulmano, os pan-islâmicos o rejeitam, devido ao fato de o mesmo impulsionar a participação do Paquistão na sangrenta ocupação de Cachemira (província muçulmana vizinha ao Paquistão) e por que em seu governo atuam xenófobos que têm massacrado muçulmanos.
Naquele dia, um espião que vigiava o edifício onde pretensamente vivia um binladenenista se distraiu por ir ao banheiro e confundiu Jean Charles com este suposto suspeito. Durante quase uma hora, outros agentes lhe seguiram até que ele desceu no metrô, onde não os rádios não operavam.
Menezes não vestia nenhuma indumentária que pudesse camuflar uma bomba. Além do mais, já se sabe que a polícia não tentou detê-lo. Mal informados e mal intercomunicados, os agentes primeiro lhe dispararam sete tiros em sua nuca e depois buscaram saber sua identidade.
Indignados
Família e defesa do brasileiro Jean Charles de Menezes devem recorrer da decisão da promotoria britânica de não indiciar nenhum dos policiais envolvidos no caso, anunciada na última segunda (17/07). "Estou enojada", disse Vivien Figueiredo, prima de Jean Charles.
Fazer justiça a esse crime é algo que interessa aos milhões de imigrantes latinos no mundo. Enquanto o presidente brasilero foi a Londres e conseguiu que Blair peça desculpas por isso, outros presidentes latino-americanos quase nem se movem quando compatriotas seus sofrem injustiças no exterior.
(*) Isaac Bigio é ex-professor da London School of Economics e analista internacional com especialização em América Latina. Bombas em Bombaim O macro-atentado de 11 de julho de 2006 em Bombaim (o maior centro urbano da Índia) se assemelha aos de 11 de setembro nos EUA, ao de 11 março em Madrid e ao de 07 de janeiro em Londres, onde ocorreram ataques sincronizados, surpresos e indiscriminados contra passageiros em estações. Os principias grupos armados separatistas da Cachemira, assim como antes fizeram o ETA basco e o IRA irlandês, têm condenado a carnificina. No caso de Bombaim, se o autor se tratar de algum grupo ligado ao Al Qaeda, certamente houve uma modificação em sua estratégia. Até o momento Bin Laden tem patrocinado ataques a civis das potencias cristãs que têm ocupado o Iraque. Sabidamente, a Índia é de crença hindu e não apoiou a Guerra do Iraque. Apesar de ter um presidente muçulmano, os pan-islâmicos o rejeitam, devido ao fato de o mesmo impulsionar a participação do Paquistão na sangrenta ocupação de Cachemira (província muçulmana vizinha ao Paquistão) e por que em seu governo atuam xenófobos que têm massacrado muçulmanos.
Fonte:
BR Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/287534/visualizar/
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