Líbano diz que defenderá cessar-fogo em cúpula de Roma
"Vamos para Roma explicar a postura do Líbano diante de representantes do mundo todo, em vista dos ataques bárbaros realizados contra o povo libanês, e para denunciar os crimes de guerra de Israel", disse Siniora antes de partir rumo à capital italiana.
"Precisamos chegar a um cessar-fogo e deve haver uma solução ampla que liberte toda a terra libanesa", afirmou, referindo-se ao território fronteiriço conhecido como Fazendas Shebaa e reivindicado pelo Líbano. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), porém, a área, hoje ocupada por Israel, pertenceria à Síria.
O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, disse que o objetivo central do encontro seria garantir um cessar-fogo, bem como providenciar o envio de ajuda humanitária para as vítimas civis.
As negociações, convocadas pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, alimentaram esperanças no Líbano e em outros países árabes de que um cessar-fogo imediato possa ser firmado logo.
Mas o governo norte-americano não defende um acordo rápido, argumentando que prefere criar as fundações para uma solução duradoura.
Israel não foi convidado. E nem a Síria, acusada pelo Estado judaico de dar apoio à guerrilha Hizbollah. O grupo capturou dois soldados no dia 12 de julho, detonando os ataques de Israel que já mataram mais de 400 pessoas no Líbano. Nos conflitos também foram mortos 41 israelenses.
A conferência de um dia reúne ministros e diplomatas de EUA, Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Alemanha, Canadá, Rússia, Finlândia, Arábia Saudita, Turquia, União Européia (UE), Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial.
Siniora comanda a delegação libanesa, que também inclui os ministros de Defesa, das Relações Exteriores e das Comunicações do Líbano.
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