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Esportes
Terça - 25 de Julho de 2006 às 08:51

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O ex-técnico da seleção do México, o argentino Ricardo La Volpe, desistiu de assumir o comando do Boca Juniors. Ele fez o anúncio na segunda-feira após reunião com dirigentes do clube.

La Volpe foi procurado pelos dirigentes para substituir Alfio Basile, que vai dirigir a seleção argentina após a saída de José Pekerman. Pekerman se afastou do time nacional após a eliminação nas quartas-de-final da Copa do Mundo contra a Alemanha.

La Volpe, que foi campeão mundial como terceiro goleiro da Argentina em 1978, ficou em reunião durante uma hora e meia na residência do presidente do Boca, Mauricio Macri, acompanhado de outros dirigentes do clube que já ganhou cinco vezes a Copa Libertadores.

"Expliquei que não posso começar a dirigir uma equipe uma semana antes de começar o torneio (Apertura)", disse La Volpe ao sair da reunião. "Estou aqui e quero (dirigir o Boca), porque é uma das melhores instituições do mundo, mas depois vem o pensamento, a análise, e você pensa friamente sobre onde está. Talvez devido ao começo tão próximo (do torneio), eu não conheço o meio. Então tenho que informar (aos dirigentes) quais são minhas dúvidas."

La Volpe, que deixou a seleção mexicana após ser eliminado na Copa pela Argentina nas oitavas-de-final, disse ainda: "Não quero enganar ninguém."

O ex-craque Diego Maradona, que também participaria da reunião, acabou não comparecendo.

"Se Diego tivesse vindo, talvez ele tivesse me ajudado e eu não tivesse dúvidas", disse La Volpe. "Eu expus meus pontos de vista onde tinha dúvidas. Não quero mentir, não gosto disso", afirmou.

Indagado sobre as críticas que havia recebido do ex-jogador mexicano Hugo Sánchez, de Adolfo "Bofo" Bautista e da imprensa mexicana, La Volpe afirmou que, enquanto estes o criticavam, várias pessoas em todo o mundo elogiavam o seu trabalho com a seleção do México.

"É um tema em discussão. Não vejo problemas em sentar com Bofo, Hugo, (o jogador Cuauhtémoc) Blanco e ouvi-los," afirmou La Volpe. "Mas também posso fazer isso com (o alemão Franz) Beckenbauer, Pelé, (o holandês Johan) Cruyff, (o francês Michel) Platini e (o presidente da Fifa Joseph) Blatter, que elogiaram o trabalho feito com a seleção mexicana."

"Então eu digo: Beckenbauer ganhou tudo, Pelé ganhou tudo, Cruyff ganhou tudo, Platini ganhou tudo (...) a quem vou escutar, os que ganharam ou os que nunca ganharam nada?"





Fonte: Terra

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