Mulheres perdem 4kg em 2 meses
Segundo a nutricionista Keila Lopes Dias, que acompanhou de perto da rotina das candidatas, o mais difícil no trabalho é conscientizar para a mudança de hábitos. "Não tratamos aqui de perda de peso, porque sabemos que ela acontece naturalmente a partir de uma alimentação adequada e exercícios físicos, demora mais, mas é algo para a vida inteira".
Keila explica que as dietas milagrosas causam um certo "medo" nos profissionais da área de nutrição, principalmente aquelas que incluem remédios e submetem o paciente a passar fome. A longo prazo elas não surtem efeito, já que a pessoa volta a engordar. Além disso, prejudicam a saúde (pressão alta, fraqueza, anemias, tonturas e desconforto).
Ela explica que os dois meses de palestras e atividades físicas, com acompanhamento psicológico, serviram para orientar e trazer as pacientes para o campo da ação. Em nenhum momento se falou em cortar calorias ou regime. Ao invés disso, a equipe multidisciplinar mostrou o lado bom de se cuidar. "Percebemos que todas tiveram melhoras da sensação de bem-estar, alegria, apetite sexual, força e flexibilidade. O exercício é fundamental para que tudo isso aconteça".
Todas as pacientes têm de 30 a 40 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 a 40, isto é, são consideradas obesas, algumas inclusive com 20 kg acima do peso ideal (massa gorda e magra com relação à altura). No começo do projeto, em abril, o número de candidatas chegou a 90, mas muitas foram desclassificadas devido a alguns exames, entre eles o cardiológico. Outras desistiram das atividades físicas.
Keila ensina que qualquer mudança de comportamento depende de vontade e atitude, por isso a pessoa deve estar fortalecida emocionalmente para iniciar qualquer tipo de restrição alimentar. "A gente pede para evitar certos tipos de alimentos, substituir e moderar são palavras essenciais, é um novo mundo para descobrir".
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