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Agronegócios
Sexta - 08 de Fevereiro de 2013 às 17:40

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 Chegou ao fim a Expedição Cerrado 2013 que acompanhou a safra de grãos no Centro-Oeste brasileiro. O projeto foi realizado por 20 alunos da Esalq-USP do curso de Engenharia Agronômica e que compõem o Grupo de Experimentação Agrícola (GEA). Confira abaixo relatos das lavouras em Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste, ambos municípios do Mato Grosso.
 

Dia 27 de janeiro - Lucas do Rio Verde, MT
 
Na região as lavouras sofreram com seca, principalmente no mês de dezembro, quando entravam nos estádios reprodutivos, acarretando em alguns casos diminuição de produtividade.
 
A colheita da soja e semeadura de milho 2ª safra está no início e gira em torno de 13 % da área total. A região segue com uma média de produtividade de 52 sacas/hectare.
 
No manejo de doenças, a ferrugem asiática tem causado preocupação, aumentando o número de aplicações preventivas, atualmente as áreas já receberam em média 3 pulverizações, sendo o programado para as variedades mais tardias de 4 a 6. No ano passado, a média da região foi de apenas 3 aplicações.
 
Além disso, o manejo de capim amargoso, resistente a glifosato, é problema na região em culturas com a biotecnologia de resistência ao herbicida, aumentando os custos de produção devido a seu difícil controle.
 
Em relação a pragas, a lagarta da espiga (Helicoverpa zea) se destacou novamente entre as pragas da soja, sendo necessárias cerca de 2 aplicações para seu controle, geralmente com doses maiores do que as necessárias para  o manejo de outras pragas da soja.
 
No caso dos insumos para safra de soja 2013/14, negociações já estão sendo realizadas e alguns produtores já chegaram a fechar 100% dos fertilizantes.
 
No momento a região Médio-Norte era a que estava mais adiantada no plantio do milho 2ª safra, cerca de 15% da área já haviam a semente no solo.
 
Dia 28 e 29 de janeiro - Primavera do Leste, MT
 
A região sofreu com a falta de chuva no fim do mês de dezembro, na fase de enchimento de grão. Por outro lado, nesta última semana de janeiro, foram raros os períodos ensolarados, de forma que a preocupação com a ferrugem e percevejo aumentou, pois a umidade do solo não está adequada para realização das pulverizações, o que tem levado os produtores a recorrerem à pulverização aérea ou até a terrestre, mesmo com umidade inadequada.
 
As áreas de soja precoce estão em média com 3 aplicações de fungicida, nas de ciclo médio está programado em torno de 4 aplicações, enquanto as de ciclo mais tardio muito provável que seja feito entre 5 a 6 aplicações. A lagarta da espiga (Helicoverpa zea) também preocupa os agricultores e as doses dos produtos continuam baseadas nessa praga, sendo de 20 a 30% mais altas que as recomendadas para lagarta das maçãs (Heliothis virescens).
 
A área colhida de soja, até o final do mês, gira em torno de 10%, fechando com uma média de 49 sc/ha. Por outro lado a chuva vem atrapalhando muito o rendimento das colhedoras, sendo cada vez mais comum a colheita com umidade acima de 20%, ocorrendo assim maiores perdas no processo de debulha da máquina. Porém, a área que já foi colhida (mesmo com maiores perdas) fica na espera para semear o milho safrinha mais cedo, antes de 20 de fevereiro, data limite para ter uma maior segurança do desempenho positivo da cultura em campo.
 
Da mesma forma, o excesso de umidade no solo também está atrapalhando o início do plantio do milho, até a última semana de janeiro já haviam sido semeados 5% do total da região, sendo esta a mais atrasada do MT.






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