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Polícia Brasil
Terça - 25 de Julho de 2006 às 07:32
Por: Patricia Neves

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A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) colocou fim a um sequestro no mínimo estranho. O vendedor Adílio Geraldo Pinto Júnior, 26, foi mantido por cinco dias em cárcere privado, mas nenhum pedido de resgate foi feito pelos bandidos. O rapaz foi libertado na manhã de ontem em frente ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé) depois que um suspeito foi preso pelos investigadores da DHPP.

Geise Fonseca, 26, que está em regime semi-aberto, é um dos três homens que sequestrou a vítima. O crime aconteceu no dia 19, mas só no dia seguinte a família procurou a polícia. Adílio estava caminhando pelo bairro Dom Aquino, em Cuiabá, em direção a um supermercado, quando foi abordado por três homens em um Corsa preto. Além de Geise, a polícia já identificou o assaltante Thiago Alexandre Santos de Souza, 20, o "Cabralzinho" como sendo o segundo bandido.

A Polícia Civil está investigando se ele foi vítima de uma "máfia da cobrança", já que foram encontrados cheques sem fundos emitidos pela vítima, mas a versão não foi confirmada. Muito abatido, mas sem ferimentos físicos, o rapaz passou parte da manhã e tarde prestando declarações ao delegado João Bosco Ribeiro, titular do caso. Ele negou, formalmente, estar sendo ameaçado ou saber o motivo de ser alvo de tamanha violência. Disse ainda que os cheques apreendidos pela polícia, sem fundos, foram emitidos para um amigo dele, que teve problemas no momento de saldar as dívidas, e que não acreditava que pudesse estar sofrendo represálias por esse motivo.

O delegado João Bosco informou que vai encaminhar o caso para o Grupo de Investigação a Sequestros (Grisie), já que não se tratou de um crime de desaparecimento. Ele disse que até agora os motivos do crime permanecem obscuros.

O advogado de Geise, Wellington Silva, declarou que seu cliente foi contratado por "Cabralzinho" apenas para dirigir o carro enquanto uma cobrança era feita, mas ao perceber que existiam armas no carro desceu na entrada do bairro Santa Isabel. Ele não recebeu o dinheiro e afirma não conhecer o terceiro sequestrador.




Fonte: A Gazeta

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