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Polícia Brasil
Terça - 25 de Julho de 2006 às 04:40

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Dois bandidos foram mortos em Cavalcanti ontem, às 6h40, após atacarem inspetores da 33ª DP (Realengo) que tomavam café em um bar em Cascadura, na capital fluminense. A dupla é suspeita do assassinato do tenente do Exército Leonardo Faveiro dos Santos, morto durante assalto no Centro, na semana passada. Por volta das 10h, um policial civil foi executado por criminosos em Maria da Graça.

Quando estavam em bar na esquina das ruas Valério e Cerqueira Daltro, em Cascadura, os agentes foram atacados pelos dois homens, aparentando 20 anos, que estavam em uma moto preta sem placa. Segundo testemunhas, os motoqueiros passavam em frente ao local, notaram o veículo da Polícia Civil, deram meia volta e abriram fogo. Os policiais reagiram e partiram em perseguição.

Um espelho e a parede do bar foram atingidos. A parede de uma oficina de motos, do outro lado da rua, também ficou marcada pelos disparos. "Só tive tempo de me jogar debaixo do balcão", lembrou o dono do bar, Antônio Ribeiro, 62 anos.

A perseguição estendeu-se por cerca de um quilômetro. O bandido que viajava na garupa foi atingido nas costas por tiro de fuzil e, na Rua Moacir de Almeida, os policiais bateram na moto, que acabou ficando presa entre um poste e o muro da linha do trem. O bandido que dirigia o veículo morreu com o impacto da colisão. Os dois, que não foram identificados, seriam do Parque Alegria, Caju, segundo agentes da 44ª DP (Inhaúma).

Arma roubada de PM Com eles, havia duas pistolas. Uma delas, de calibre 40, segundo policiais do 3º BPM (Méier), seria do soldado da PM Adriano Reis Barbosa de Moura, morto em outubro de 2004, em emboscada na avenida Pastor Martin Luther King Jr., no acesso à Favela da Galinha.

A outra, de calibre 380, pertencia ao tenente do Exército Leonardo Faveiro dos Santos, 24 anos, morto por dupla com uma moto preta, quarta-feira, na Avenida Presidente Vargas, ao tentar fugir dos assaltantes.

Inspetores da 6ª DP (Cidade Nova), que investigam o assassinato do tenente, acreditam que o crime pode ter sido cometido com a arma roubada do PM Adriano: a bala que matou Faveiro era de pistola calibre 40, como a que pertencia ao policial executado. Para tirar a dúvida, será pedido um confronto balístico na arma. Agente é assassinado ao reagir a assalto

A poucos quilômetros do tiroteio entre inspetores e ladrões, o policial civil Ricardo de Paula Borges, 40 anos, foi morto durante tentativa de assalto no Viaduto de Maria da Graça.

Lotado na 3ª Deac, no Méier, Ricardo seguia para o trabalho dando carona a uma amiga. No viaduto, dois bandidos de moto fechavam carros para assaltar seus ocupantes. O carro do policial foi parado junto com outros dois. Ele saiu com a pistola em punho, quando um dos bandidos se aproximou pelo lado do carona e acertou dois tiros - um na cabeça e um na mão do inspetor.

"Ele chegou perto de surpresa e pedindo o celular aos gritos, e atirando enquanto falava. Foi tudo muito rápido", contou a amiga de Ricardo, que não quis se identificar, após depor na 44ª DP (Inhaúma), onde o caso foi registrado.

Ricardo chegou a ser socorrido por policiais do 3º BPM (Méier), que o levaram ao Hospital Municipal Salgado Filho, onde já chegou morto. Até a noite de ontem, nenhum dos outros motoristas havia procurado a 44ª DP para registrar o roubo.

Os bandidos fugiram para a Favela Bandeira Dois, em Inhaúma. A PM chegou a fazer buscas na comunidade, mas não prendeu ninguém. Segundo o delegado-adjunto da 44ª DP, Paulo César Guimarães, é possível que não sejam dali. "Muitos bandidos da Fazendinha, no Complexo do Alemão, roubam aqui e, na fuga, entram em qualquer favela", disse.




Fonte: O Dia

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